Presidente da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Arroio do Meio (Acisam) há 17 meses, Adelar Steffler, que também preside a Vale Log, avalia que a comunidade regional deve superar dilemas entre o passado e o futuro, em termos estruturais, organizacionais e modais produtivos, e tomar decisões.
Steffler que integra Acisam há mais de uma década, revela que após a pandemia foi possível resgatar a função social da entidade, com uma série de atividades e ações. Desde a realização de cursos profissionalizantes para qualificação de profissionais para área administrativa de empresas, em parceria com o Sebrae; viabilização de uma base de Serviços Civis e Auxiliares de Bombeiros (Scab), onde todas as empresas associadas tem a oportunidade de contribuir numa iniciativa trivial para salvar vidas e prevenir tragédias; e, projetos voltados para cultura, eventos e desporto, por meio da Nova Produções. Além do protagonismo de integrantes da diretoria na busca de soluções para infraestrutura logística regional, inovação e tecnologia, meio ambiente e demandas empresariais dentro de entidades regionais e federativas.
Steffler também comemora o aumento do quadro de associados de 80 para 130 sócios, assim como o aumento da arrecadação que triplicou desde o fim de pandemia. Contudo, a mensalidade é considerada barata, chegando a R$ 250 para empresas de grande porte.
A principal pauta regional será debatida em reunião almoço no dia 5, com a palestrante Ana Amélia Lemos, que vai abordar o atual momento econômico, em especial para setor de proteína animal e infraestrutura regional. As inscrições encerram em 1º de junho. Associados contribuem R$ 70 e público em geral R$ 90. “A crise e incertezas no setor de proteínas animais preocupam Steffler pelo refloxos no setor primário. “Cada funcionário num frigorífico repercutem em até quatro no campo”.
O presidente lamentou a fraca participação de políticos na reunião com representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) que trouxe o detalhamento do sistema cobrança eletrônica de pedágio por meio de arcos com sensores, o sistema Freflow. “Os detalhes precisam ser esclarecidos a comunidade, pois muitos vão achar carro pagar R$ 1,60 para se deslocar por curtos trajetos hoje não pedágios. Quero fazer um teste com meu próprio carro, saindo da minha casa até determinado ponto de Lajeado no horário de pico durante o dia e de madrugada quando a pista está vazia. Garanto que a economia de madrugada com a pista vazia será maior do que a taxa que será paga. Hoje poucos pagam por muitos. Além disso haverá menor gastos com manutenção e mais segurança nas estradas. Estamos falando de vidas. É inadmissível o RS falar cogitar abrir dez novos pedágios em outro trajeto, sem uma política clara de investimentos, como ocorreu aqui por mais de 25 anos”, dimensionou.
Steffler reforça que o vice-governador tem se mostrado aberto a discutir a implantação do freeflow com a comunidade, apesar de até o momento não terem sido estabelecidos prazos para apresentação de novo edital de concessão. “A carga tributária e custos logísticos impactam na competitividade das empresas gaúchas. Não há como esperar 15 anos para construção de ferrovias e hidrovias. Até porque a bitola dos trilhos do Norte e Nordeste é maior. Tudo teria que ser reconstruído. O governo precisa investir no modal vigente para não agravar as dificuldades das empresas”.
Sobre os investimentos no turismo e outras segmentos econômicos ainda não explorados, destacou que se ocorrerem, demandarão de investimentos gerais em mais infraestrutura (rodovias, energia, telecomunicações) e serviços de utilidade pública (saúde, educação e segurança), além da demanda da vinda de mais pessoas. Contexto em que comunidade precisa estar ciente impacto social e na rotina. “Temos dificuldade em manter o que já existe.. Quando se busca uma visão de futuro é abrir mão do passado sem intransigências. Isso ocorre no mundo todo. Por algum motivo a escada de Jesus Cristo está em Roma e não em Jerusalém”.
Como exemplo cita, que o mais difícil para construção de uma nova ponte entre Arroio do Meio e Lajeado, já está pronto: a via, sapatas e pilar que atualmente sustentam a Ponte de Ferro. “A comunidade precisa discutir a retirada da estrutura antiga e sua colocação num parque ou outro local. É preciso agir com razão. Se não vamos travar a região”, dimensionou.
INDÚSTRIA PRECISA DA LOGISTICA E AS TRANSPORADORAS DA PRODUÇÃO
Enquanto presidente da Cooperativa de Transportes do Vale do Taquari Ltda (Vale Log) atribuiu o crescimento que gerou um lucro de R$ 181 milhões em 2022, à unimilitância em torno do comprometimento dos 140 associados, parceiros comercias e integração com demais cooperativas.
A Vale Log atende grandes companhias com o transporte de milho, soja, arroz, trigo, sementes, insumos e fertilizantes, e outros produtos. Com matriz em Arroio do Meio, filiais em no Paraná e Centro-Oeste, e frota de 170 caminhões, Steffler avalia que o diferencial em qualquer segmento são as pessoas. “A indústria e logística são setores que se complementam”, expôs.
Por isso a cooperativa desenvolve uma séria de atividades, voltadas para o treinamento de motoristas, com instrutores e atendimento psicológico, parcerias para exames toxicológicos, gerenciamento de risco, monitoramento 24 horas da frota, gestão de carregamentos e rotas, bases para pernoites em locais seguros, monitorados, com banheiros, boa alimentação e acesso a internet, e garagem na empresa. “São diferenciais, que garantem conforto e organização. Hoje os motoristas não se sujeitam mais a ficar a mercê de situações vulneráveis nas ruas”.
A companhia também prima por uma série de ações de Sustentabilidade Ambiental, por meio de investimentos em energia renovável, captação da água da chuva, uso de Diesel S10 com menos enxofre e projetos de coleta e separação de materiais recicláveis.
Além da Acisam, Steffler integra Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), onde é diretor Diretor de Infraestrutura e Logística da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), o Sistema Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs)/ Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), onde preside o Conselho Fiscal, a Organização de Cooperativas do Brasil (OCB), Rede Transportes (presidente), é vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportes e Cooperativas, e ?????
Ainda integra o comitê de infraestrutura da Missão dos R$ 150 bilhões do Plano Gaúcho de Cooperativismo. Destaca que o RS precisa seguir exemplos importantes do PN e SC, em torno da integração de cooperativas na fundação da Aurora, Cotriguaçu e Frimeza, e superar disputas entre marcas.
ACISAM:
VICE-PRESIDENTES: Valmir Graeff (Indústria), Fernando Fensterseifer (Comércio), Rafael Vasconcelos (Serviços), Vanderson Scheibler (Eventos), Infraestrutura (Ênio Meneghini), Juliana Vasconcelos (Jovem Empresário) DIRETORES: Vinícius Cé (Jurídico), Gilmar Borscheid (Tesoureiro) e José Schulze (vice-tesoureiro). CONSELHO FISCAL: Luiz Fernando Schnack, Jair Almeida, Normélio Marx Suplentes: Geraldo Fensterseifer, Jonas Neumann, Ângela Maria P. Costa CONSELHO CONSULTIVO: Adailton Cezar Cé, Oreno Ardêmio Heineck, Ione Vasconcelos, Raquel Maria Camera Schwambach e Roque Kerbes.


