Os entulhos remanentes das enchentes de setembro e novembro de 2023, tanto na zona urbana como rural, e chuvas acima da média registradas desde a primavera, trouxeram uma grande incógnita e apreensão quanto ao comportamento do mosquito Aedes aegypti, em Arroio do Meio.
Até o momento a Secretaria de Saúde, não registrou nenhum caso suspeito de dengue no município. Antes da enchente em 2023, foram registros 11 casos. Em 2022 foram 1.031casos confirmados. E em 2021 e 2020 não foram registrados casos de dengue no município
Na última sexta-feira, a equipe de agentes epidemiológicos entregou para análise ao laboratório Lacem, a coleta trimestral de larvas feitas em 280 imóveis de diferentes localidades do município. O resultado será divulgado nos próximos dias.
De acordo com os agentes Rui Horst e Helena Matte, o pós enchente trouxe muita diferença na abordagem e combate, considerando que muitas dos moradores estão proibidos de voltar para seus imóveis por conta do risco de desabamentos.
Os casos diminuíram consideravelmente em 2022 e 2023, após campanhas de conscientização na rede de ensino e ajuda das agentes comunitárias de saúde. A ideia em 2024 é promover agentes epidemiológicos mirins, no retorno das aulas. “Os meses de fevereiro e março sempre costumam ser os mais críticos. Eliminar o foco do mosquito é dever de todos. Se o mosquito da dengue pode matar, então não vamos deixar ele nascer!”, reforçou Rui Horst.
DICAS PARA ACABAR COM A DENGUE:
Os agentes destacam que o ideal é a comunidade não esperar alguém adoecer para olhar o seu quintal. Pois há como eliminar tudo o que possa se tornar um reservatório com água parada. Assim não haverá lugar para o mosquito se reproduzir.
Segundo eles, em alguns centímetros cúbicos de lâmina de água, há potencial para centenas de larvas se desenvolverem. O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, do ovo até a fase adulta, leva de 7 a 10 dias. “Se cada um fizer sua parte bastem 10 minutos por semana para combater o Aedes. Se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, poderemos interromper o ciclo. Adote essa ideia e dê um fim na dengue!”,
– Mantenha os pneus sempre secos e em lugares cobertos.
– Mantenha poços, filtros, latões e caixas d’água bem tampados.
– Elimine o prato de vasos de plantas ou use areia para não acumular água.
– Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha as lixeiras bem fechadas.
– Lave semanalmente com escova e sabão tanques de armazenamento de água,
– Lajes e piscinas devem estar sempre limpas
– Piscinas e fontes sempre tratadas
– Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo.
– Mantenha as calhas limpas.
– Tonéis, galões, poços e barris bem vedados
– Bromélias e outras plantas sem acúmulo de água
– Bandejas de ar-condicionado limpas e sem água
– Ralos limpos e com tela
– Vasos sanitários, sem uso constante, fechados
– Baldes virados com a boca para baixo fechados
– Lonas de cobertura bem esticadas para não formar poças
– Bandejas de geladeira limpas e sem água
ATENÇÃO AOS SINTOMAS DA DENGUE:
1. Febre acima de 39° C
2. Enjoos ou vômitos
3. Dor de cabeça constante
4. Dor no fundo dos olhos
5. Manchas vermelhas na pele, em todo o corpo
6. Cansaço excessivo sem razão aparente
7. Dor nas articulações e ossos
8. Sangramentos pelo nariz, olhos ou gengivas
RS EXCLUÍDO DA VACIAN DA DENGUE:
O Rio Grande do Sul foi excluído da lista de estados brasileiros que receberão as primeiras doses da vacina contra a dengue. Essa decisão, anunciada pelo Ministério da Saúde na semana passada e contemplou 16 estados e o Distrito Federal, mas deixou o RS de fora, apesar de um aumento explosivo de 855% nos casos de dengue no estado.
Os critérios adotados pelo Ministério da Saúde incluem municípios com mais de 100 mil habitantes e alta transmissão de dengue entre 2023 e 2024, com predominância do sorotipo DENV-2. A campanha de vacinação priorizará inicialmente crianças entre 10 e 14 anos, seguindo um esquema de duas doses aplicadas em um intervalo de três meses.
A limitação na distribuição das vacinas se deve à capacidade restrita de produção do laboratório fabricante. A primeira remessa de 757 mil doses já está no Brasil, e um total de 1,32 milhão de doses compõe este primeiro lote. Uma entrega adicional, prevista para fevereiro, adicionará mais 568 mil doses, totalizando uma previsão anual de 5,2 milhões de doses.
O Rio Grande do Sul, que registrou 602 casos confirmados nas primeiras três semanas de 2024, enfrenta um contraste significativo com sua ausência na lista de distribuição. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) atribui esse aumento às condições climáticas e ao fenômeno El Niño, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Enquanto a vacina não está disponível no âmbito público para o estado, ela pode ser encontrada na rede privada, em clínicas e farmácias, a preços variados que podem chegar a R$ 300 a dose. O Rio Grande do Sul, juntamente com outros estados não contemplados, aguarda futuras distribuições da vacina, enquanto reforça as medidas de prevenção e controle da dengue. O tratamento é feito com duas doses.
Foto: Divulgação


