Agora estou a reunir forças para um efetivo despertar, ou seja, um réveillon absolutamente verdadeiro à disposição de algumas viradas que considero fundamentais. Esse esforço inclui uma sincera mentalização para que possamos – nós, passageiros neste sofrido planeta – termos um pouco mais de equilíbrio entre vendavais, terremotos e dias de brisa, sol ameno ou frio suportável. Ah! E menos chiliques de extremismos que nada ajudam. Só confundem os incautos e inocentes de plantão.
Doce ilusão dirão alguns. Mas é preciso esse pensamento otimista, essa crença de que os humanos saberão respeitar as regras de uma vida sem tantos sobressaltos. Cinemas! Voltarei aos cinemas de shopping. Vamos prestigiar aqueles telões enormes, que me fizeram sonhar em ser um galã, herói de capa e espada. Ainda guri, morei em Rio Pardo e lá tinha o Cine Coliseu a me ensinar a ser fã de filmes de cowboy e a viver minha primeira paixão. Ah! Saudades da linda Romy Schneider em “Sissi, a Imperatriz”.
Enquanto digito, recebo uma mensagem meteorológica prevendo sol com muitas nuvens e pancadas de chuva e alta probabilidade de formação de arco-íris! Tudo que eu precisava para encerrar esse difícil 2024. A visão daquelas tiras coloridas suspensas na atmosfera e um girassol da cor do cabelo de minha musa, conforme escreveu o mineiro Lô Borges – parceiro de Milton Nascimento. “E se eu morrer, não chore não. É só a lua. É seu vestido cor de maravilha nua… Ainda moro nesta mesma rua. Como vai você? Você vem? Ou será que é tarde demais?
Como está a iniciar um 2025 novinho em folha, nada é tarde demais. Tudo o que for bom pode ser sonhado, projetado ou criado. E o ruim, podemos nos esforçar um pouco e eliminar, pegar pelo rabo e jogar na lixeira para – igual a um notebook – deletar para todo o sempre. Sim, podem me criticar, dizer que fantasiei. Mas o sonho é um primeiro passo na criação de um novo projeto de vida. Todos juntos, todos com respeito às diferenças que, na verdade, representam a necessidade de mudanças, como folhas perdidas de um antigo calendário. Até lá!