O bonitão aí da foto é o Café, um legítimo “dog street”, nome chique para um vira-latas ou, na tradução livre “cachorro de rua”. A história dele é parecida a de outros pets. Mais adiante vou contar detalhes sobre ele.
Durante 13 anos tivemos Fiuk, um maltês branco, citado várias vezes neste espaço. Inquieto, latia ao menor movimento. Era centro das atenções durante os passeios. Sair à rua era garantia de gritedo.
No ano passado, um tumor no pulmão impedia as caminhadas mais curtas. Meses de agonia culminaram na partida do branquinho. Aí, as gurias de casa juraram:
- Depois do Fiuk, nada mais de cachorro! Chega!
Não levei fé na promessa. E o tempo me deu razão. Na enchente de maio, Laura, minha filha, ficou emocionada com a história dos abrigos com animais domésticos. Em Porto Alegre, ainda há mais de mil cães à espera de adoção.
Sensibilizada, Laura apaixonou-se por Café, um cusco preto, com uma das patas dianteiras fraturada “há muito tempo”, segundo os veterinários. Mesmo depois da cirurgia para colocação de uma placa junto ao osso quebrado, Café ainda manca, mas aos poucos perde o medo. Passamos o Natal juntos. O mascote foi o astro das fotos de recordação.
No total, rodamos mais de 12 horas de carro, sem latidos ou choro. Café mostrou-se um excelente parceiro de viagem e aproveitou todas as paradas para fazer as “necessidades”. A exemplo do famoso cavalo Caramelo, o nosso cão encontrado em Alvorada tem um lar e gente que o enche de carinho, atenção e paparicos. A adoção, que seria “temporária”, virou eterna, para a alegria de todos nós.
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Por lapso deste distraído cronista, dois detalhes foram esquecidos na coluna do dia 20 de
dezembro sobre a tatuagem que fiz no braço direito:
1) Eu e meu filho fizemos a mesma tatuagem, na mesma ocasião;
2) O desenho reproduz o formato do circuito do Autódromo de Interlagos, palco das emoções entre pai e filho. Um abraço especial à leitora e amiga de longa data, Elaine Warken, que escreveu, dizendo não ter entendido o desenho, o que é compreensível.