A nova proposta de concessão do bloco 2 das rodovias gaúchas representa um retrocesso significativo para o desenvolvimento de Arroio do Meio. A duplicação da rodovia entre Arroio do Meio e Lajeado, obra crucial para impulsionar a economia local e melhorar a qualidade de vida da população, sofreu um adiamento para 2030, com a construção do tão aguardado viaduto – um sonho de mais de meio século – sendo relegada a uma possibilidade remota.
Considerando a complexidade do empreendimento, com diversos obstáculos a serem superados, como construção de diversas pontes, a obra, em um cenário otimista, não ficará pronta antes de cinco ou seis anos a partir do início das obras. Assim, a rodovia duplicada só seria uma realidade em 2036.
Diferentemente, o primeiro plano de concessão, proposto há mais de três anos, previa o início das obras em 2024, com a construção do viaduto já no primeiro ano. Hoje, estaríamos comemorando um ano desde o início das obras de duplicação e construção de pontes. No entanto, pressões de outros municípios, principalmente Encantado, levaram à anulação desse cronograma, prejudicando injustamente Arroio do Meio.
Além do adiamento das obras, a nova proposta prevê a implantação de uma praça de pedágio do tipo Free Flow, obrigando os moradores de Arroio do Meio a pagar a cada passagem para Lajeado, gerando um impacto financeiro significativo para a população.
É inaceitável que um município com a importância econômica e social de Arroio do Meio continue sendo relegado a um segundo plano. A duplicação da rodovia e a construção do viaduto são investimentos essenciais para o futuro da cidade e da região.
É imprescindível que nossas lideranças atuem com mais firmeza, defendendo os interesses de Arroio do Meio nos fóruns de discussão, como CODEVAT e CIC VT. A população também deve se mobilizar para exigir que nossos representantes políticos lutem por uma solução justa e rápida para esse problema, garantindo que Arroio do Meio receba o tratamento que merece.