Moradores de Arroio do Meio contataram a reportagem do O Alto Taquari relatando insatisfação com o atendimento prestado pela Corsan/Aegea, especialmente pela falta de funcionários responsáveis pela manutenção e reparos, que, muitas vezes, compromete o serviço de abastecimento de água. Usuários, citam, por exemplo, que, atualmente, não existe um gerente responsável pela unidade, situada na Rua João Bosco, nº 352, Bairro Centro.
A informação é contestada pela prestadora de serviço. O superintendente da Corsan/Aegea, Lutero Cassol, afirmou que o número de colaboradores é suficiente para atender o município. “Nenhum relato a respeito foi repassado pelo gestor. O que pode estar ocorrendo é falta temporária, período de férias ou até pedido de desligamento, mas com certeza o número de funcionários que atende a Corsan privada vai ser maior do que atendia a Corsan pública”, justifica, acrescentando que o objetivo da privatização sempre foi melhorar o serviço e seria inadmissível a falta de mão de obra.
Questionado sobre o deslocamento de equipe da cidade de Lajeado para atender Arroio do Meio, Cassol destaca que a empresa ainda passa por ajustes no sistema e readequação. “Isto é um ponto de melhoria, de um novo modelo que estamos implementando. Enquanto o usuário interpreta que vindo equipe de uma cidade vizinha é pior, como empresa entendemos que a microrregionalização fortalece. Hoje, o coordenador de Lajeado responde também por Arroio do Meio, Marques de Souza e Cruzeiro do Sul e da mesma forma os funcionários atendem os quatro municípios. Muitas vezes tínhamos uma unidade com muitos colaboradores e uma emergência em outra cidade e era difícil fazer esse deslocamento, gerando custos extras”, argumenta, complementando que o novo modelo já está sendo passado aos novos contratados. Atualmente, segundo a Corsan/Aegea, 136 pessoas integram o quadro funcional na microrregião.
“Isso não significa que não teremos a humildade de dar um passo para trás, caso seja necessário. Nosso objetivo é qualificar, nosso esforço e energia é para encontrar a melhor forma de atender o consumidor”, frisa.
Quanto a investimentos previstos para Arroio do Meio, o superintendente ressalta que existem melhorias contínuas, devido ao crescimento do município, fornecer estrutura as famílias que foram atingidas pelas cheias e serão realocadas e a reestruturação de um bombeamento que está situado em área alagável e que já está mapeado pelo setor de engenharia, no cronograma para execução. “Ainda tem o aditivo contratual para ser discutido, mas temos condições de ofertar a universalização dos serviços de água (99% de água potável) e esgotamento sanitário (90% do esgoto coletado e tratado) na área urbana, uma obrigação municipal, definida por lei federal, até 2033”, ressalta.
Foto: Vanessa Paliosa