A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Arroio do Meio (Acisam) sediou, na manhã de terça-feira (4), encontro entre o grupo de trabalho com representantes do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat) e Câmara da Indústria e Comércio (CIC) Vale do Taquari com prefeitos, vereadores e entidades da região para apresentar o estudo sobre os impactos do Programa Estadual de Concessão de Rodovias do Bloco 2. A proposta foi convocar os gestores a analisar as obras e investimentos em cada município e unir esforços para negociar com o governo estadual.
Conforme Paulo Ziegler, diretor de Infraestrutura da Fetransul, os estudos tem como base outras rodovias gaúchas e do Brasil, contudo é uma proposta inédita. “Quanto aos investimentos é um bom projeto, atende a maioria das expectativas, mas que precisam de ajustes. Por se tratar de um modelo de “free flow” completo, em que 24 arcos de pedágio automatizam as cobranças e distribui entre todos os usuários. Na minha interpretação, poderá ocorrer uma evasão muito grande do pagamento. O grande problema é a tarifa que precisar ser equalizada, para que esse projeto seja condizente, cumprindo com a sua finalidade de prover melhor infraestrutura à comunidade com um valor justo”, reforça.
De acordo com a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, o encontrou deixou claro que existe consensos em diversos pontos, quanto a um prazo maior para analisar o projeto – que será solicitado -, necessidade de maior participação dos usuários e a uma tarifa justa, de acordo com a realidade local. “Vamos ter que equilibrar nossas necessidades, que são muitas, são todas válidas, nestes 30 anos de concessão. Existem obras que são prioridades e outras que podem ser postergadas, diminuindo os custos de investimento e refletindo num menor valor da tarifa”, cita. A proposta atual prevê R$ 0,23 para cada quilômetro de pista simples e R$ 0,30 para pista duplicada, a intenção inicial é reduzir para R$ 0,14 na pista simples.
“Eles (prefeitos e vereadores) tem o dever de casa de trabalhar e ver o que realmente precisam, para que em conjunto obtenhamos o máximo do êxito de melhorias da nossa rodovia. Não podemos continuar sem infraestrutura, com uma rodovia que não nos entrega segurança, fluidez e retorno financeiro. Hoje, a logística e qualquer deslocamento de um cidadão da nossa Região tem um custo elevado. Não podemos continuar pagando essa conta perante outros mercados e outras regiões aqui do Estado”, afirma o presidente da Acisam e da empresa Vale Log, Adelar Steffler.
A próxima etapa é um novo encontro para elaboração de um documento regional, que deverá ser apresentado no dia 17 de fevereiro, em audiência com o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, na Univates.
Foto: Vanessa Paliosa