Abril traz consigo um olhar voltado à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), celebrado no dia 2, data mundial estabelecida em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para marcar o Abril Azul, atividades e ações alusivas serão promovidas pela Administração Municipal, pelo Hospital São José e pela Associação PROTEA de Arroio do Meio.
No dia 11 de abril, no auditório do Colégio Bom Jesus, o HSJ realiza a “Jornada TEA: conhecer, compreender e acolher”. A programação inicia às 8h15min e traz palestras com profissionais da área, sobre o TEA e sua relevância na inclusão educacional e social, com equipe do TEAcolhe; A terapia ocupacional e a função da criança e adolescente através da integração sensorial de Ayres, com a terapeuta ocupacional Elysa Zart; Autismo e medicamentos: o papel das medicações e como identificar efeitos colaterais, com o farmacêutico Lucas Brum; Autismo e saúde mental: o papel do psiquiatra no cuidado integral, ministrado pela doutora Maria Rosa Iorra; e para encerrar o doutor Rafael Rocha fala sobre Autismo na adolescência e vida adulta: desafio e possibilidades. Para participar do evento, voltado para profissionais da saúde, da educação, estudantes e público em geral, é necessário realizar a inscrição através do QRCode.

Para o dia 26 de abril, a Administração Municipal, por meio das secretarias de Educação e Cultura e Saúde e Assistência Social, e demais entidades, realizam o “Piquenique AZUL, abril de todas as cores”. A atividade ocorre pela manhã, com início às 9h, no gramado da Secretaria de Educação, no Centro. Com a participação de profissionais da Educação e da Saúde, será um momento de descontração e integração, onde pessoas de diferentes idades e habilidades poderão compartilhar experiências e trocar conhecimentos. A programação é aberta para toda a comunidade e terá diversas atrações, como contação de histórias, mateada, atividades e brinquedos infláveis para as crianças, dentre outras. A programação detalhada será divulgada no decorrer do mês.
No mês de maio, dando continuidade às ações da Associação PROTEA, o grupo prepara um evento especial, com a presença de uma celebridade que também é mãe atípica, com a ideia de compartilhar suas experiências. Mais detalhes serão divulgados ao longo deste mês.
Conforme a presidente Eliana Pereira Duarte, mãe do Renan Augusto (13), que tem autismo nível 1, e que faz parte da entidade há quatro anos, a data oportuniza a reflexão e mais conhecimento sobre o transtorno. “Ainda existe muita desinformação, muitas famílias sem uma orientação, que recebem o diagnóstico e não sabem como dar o próximo passo, não sabem a quem recorrer. Esse também é nosso papel, acolher essas famílias, orientá-las para que elas possam procurar ajuda”.
Por ser uma organização não governamental e de defesa dos direitos, a entidade atua fortemente na fiscalização e cumprimento da lei, dialogando com o poder público na busca por melhorias da qualidade de vida e de ensino das crianças e adolescentes. “Sempre procuramos estar envolvidos em ações de conscientização sobre o autismo, tanto nas escolas, quanto pela cidade, entregando panfletos, participando das atividades que acontecem pelo município, bem como promovendo eventos que envolvam as famílias”, explica Eliana.
Nesse contexto, a PROTEA tem três projetos e busca, como meta em 2025, apoio da iniciativa privada e pública para dar andamento. O projeto Trilhas da Empatia, que visa inserir contação de história sobre o tema, com a criação de personagens autistas, nas escolas; a construção de um centro de atendimento a pessoas com transtornos e com deficiências, proporcionando acesso a atendimentos com multiprofissionais – hoje, uma carência no município – e também um espaço de acolhimento às famílias-; e programas de detecção precoce na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental, com o objetivo de ter uma intervenção terapêutica nos primeiros anos de vida, que contribuem para diminuir as dificuldades de aprendizado. “São ações que mobilizam a sociedade a se incluir de verdade, pois é a partir da consciência de que é na diferença que nos tornamos melhores”, defende.