Eles praticam exercícios físicos, mantêm-se antenados com as tecnologias e cheios de disposição para aprender novas habilidades: mesmo depois da aposentadoria, os idosos estão cada vez mais ativos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) comprovam que a população está envelhecendo de forma rápida e intensa, e as pessoas acima dos 60 anos já representam mais de 14% da população total.
A expectativa de vida aumentou consideravelmente nos últimos anos: para as mulheres, a idade média é de 79 anos, enquanto para os homens, 72. É um crescimento que indica melhorias nas condições de vida e saúde da população como um todo.
Essas mudanças trazem inúmeros desafios. É preciso balancear o bem-estar e a independência dessa população, não deixando de dar a atenção e o cuidado necessários à saúde. A grande maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções orgânicas, principalmente em condições crônicas, o que não deve significar limitação ou mesmo restrição de sua participação social.
Acompanhamento médico regular e especializado
Qualidade de vida não se restringe à saúde, mas, certamente, é um fator de grande importância para a população idosa. Acompanhamento médico regular e especializado com um geriatra ajuda a prevenir possíveis doenças ou disfunções e tratar daquelas já diagnosticadas. Depois dos 60 anos, o corpo passa por intensas mudanças. E faz parte desse acompanhamento integral ajudar o idoso a entendê-las e saber se adequar às novas necessidades que vão surgindo a cada fase.
Alimentação balanceada
Uma boa alimentação é essencial para todas as fases da vida. Previne doenças e melhora a disposição. Para a saúde do idoso, é ainda mais importante: o corpo tem outro ritmo, os órgãos já não funcionam na mesma velocidade de antes, o nível de água no organismo é menor, assim como muitos hormônios. Poucas calorias, distribuídas entre legumes, frutas, grãos, cereais, ovos, produtos de soja e a ingestão adequada de peixe e carne são uma boa pedida. Além disso, é também indicado evitar comida processada e gordura saturada.
Prática de atividades físicas
A prática regular de atividades físicas melhora a disposição para as ações cotidianas, ajuda a prevenir e tratar de doenças e pode se tornar um momento de sociabilidade. O leque de possibilidades é amplo e, para escolher o exercício que melhor se adeque à saúde de cada idoso, o acompanhamento médico é essencial. Os esportes são, quase sempre, os mais procurados: natação, hidroginástica, pilates, musculação, tênis, dentre outros. Mas há, também, opções menos comuns que podem ser tão interessantes quanto, como dança, teatro e circo. Colocam o corpo em movimento e despertam as expressões artísticas.
Cuidando da mente, cuidando do corpo
Falar em cuidado integral do corpo é lembrar que a mente é parte fundamental nessa história. Acompanhamento psicológico e psiquiátrico são essenciais no processo de aceitação e independência dessa fase da vida. Atividades que despertem a mente, sair para caminhar, ir ao cinema, visitar os amigos e ter o apoio da família também ajudam no envelhecimento sadio.
Respeitando o tempo e a independência do idoso
Como já dissemos, depois dos 60 anos o corpo todo se transforma, mental e metabolicamente. Apesar de estarem cada vez mais independentes, ainda é preciso ter cuidados especiais com aqueles que estão nessa fase. O problema é que, muitas vezes, munidos de cuidados e preocupações extremas, família, médicos e cuidadores acabam por deixar de lado os desejos dos idosos. Respeitar o tempo e o espaço que precisam para realizar atividades rotineiras e estabelecer seus próprios limites é essencial.
Cuidando da casa
A casa, o lugar do aconchego e da segurança pode, muitas vezes, tornar-se um dos espaços de maior risco para o idoso se não estiver adaptada para as suas novas necessidades. Abaixo, seguem algumas dicas de adaptação simples que podem melhorar, em muito, a mobilidade:
• Instalar barras de apoio nos banheiros, ao lado dos sanitários e chuveiro, em escadas e corredores;
• Instalar tapetes antiderrapantes em escadas, corredores, banheiro, ao lado da cama e nas portas;
• Colocar uma poltrona ou cadeira no quarto para que o idoso possa se apoiar na hora de se vestir e de se calçar;
• Iluminar os cômodos da casa, se possível instalando interruptores automáticos;
• Remover objetos pontiagudos e abrir maior espaço de passagem entre móveis;
• Deixar os objetos de uso cotidiano mais acessíveis, em prateleiras baixas e organizados de forma simples.