
Venho acompanhando os diversos cenários de cheias e os impactos na sociedade e principalmente na agricultura. A importância para o meio social e as dificuldades toda vez que chove acima da média, assim como a facilidade que os rios têm de “mostrar a cara”.
Possuímos várias formas de contornar as situações, sendo medidas cautelosas ou drásticas. Por um lado, possuímos a alternativa de desassoreamento dos leitos, essas por sua vez, deve ser executada de maneira estratégica, promovendo o bem-estar social e harmonia com os leitos dos rios/riachos, conseguindo assim, promover uma agricultura com menos riscos e toda questão social saudável.
Todo ano existe uma grande demanda de material para melhorias dos acessos, estradas e a demanda das obras a serem executadas, como por exemplo, realização e execução de asfaltos. E aí que quero trazer um ponto importante para reflexão dos leitores.
A realização do desassoreamento deve ser feita de maneira correta. O significado dessa palavra é muito simples: desassoreamento é a remoção de areia, lodo e outros sedimentos do fundo de rios e lagos, causados por ações humanas ou pelo desbarrancamento de terra decorrentes de fenômenos naturais. Então porque não usar esse cascalho para fazer as bases dos asfaltos que serão feitos. Se me permitem trazer um ponto, conversem com os mais antigos e perguntem o seguinte, qual foi o material usado para fazer a base asfáltica da BR-386 e da VRS811?
LEANDRO BERWANGER
Sempre que possível foi usado o cascalho do rio Forqueta, pensando na facilidade logística e qualidade do material, criando uma base sólida e forte, dando a sustentação necessária para a moagem das pedras de cascalho para fazer a parte de brita para posterior recebimento da capa asfáltica.
Entendo que deveria ser realizado estudos nesse sentido. A viabilidade desses processos e posteriormente colocá-los em contratos quando realizadas as licitações, exigindo das empresas que usem esse material, explorem de maneira correta e assim fazendo com que o desassoreamento seja realizado e beneficiado com uma base forte para o avanço dos asfaltos nas regiões.
Minha pergunta é: o que é mais apropriado, ajudar o meio ambiente e o bem-estar social, ou abrir novas saibreiras? Vamos unir o útil ao necessário. Explorar de maneira correta, fazendo os processos, fazer um planejamento, com início, meio e fim. Começar numa ponta e finalizar em outra. Não ir no local mais fácil explorar o que é de interesse e depois ficar pior que estava. Sabedoria na hora da execução.
Fica aqui o desafio e sugestão para realização desses estudos. A exploração correta beneficia duas frentes, ajuda na perfeita harmonia dos leitos dos rios/riachos e construção de asfaltos de qualidade.