O auditório do Prédio 11 da Univates, em Lajeado, sediu na terça-feira, dia 17, o lançamento do Seminário de Capacitação e Divulgação do Programa Operação Terra Forte do Governo do Estado. Na ocasião, um público de mais de 250 pessoas entre extensionistas da Emater/RS-Ascar, representantes de entidades e lideranças dos 55 municípios dos vales do Taquari e Caí, acompanhou a ação que tem, entre seus objetivos, implementar planos individualizados de recuperação socioprodutiva e ambiental das propriedades rurais gaúchas, garantindo assistência técnica e difusão tecnológica.
A ideia inicial, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, era desenvolver uma política pública de recuperação do solo, especialmente frente à tragédia climática ocorrida em 2024. “Após uma conversa com o governador Eduardo Leite, o programa tomou outro direcionamento, se espalhando por todo o Estado e atendendo mais famílias gaúchas em outras frentes”, comentou o secretário, citando ainda o suporte de instituições de ensino, da Embrapa, das cooperativas e de outras entidades.
Nos dois vales atendidos pela Emater/RS-Ascar de Lajeado, a Operação Terra Forte – que tem como nome oficial Programa de Recuperação Socioprodutiva e Ambiental e Incremento da Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha e que está em um guarda-chuva mais amplo, o Plano Rio Grande – deve beneficiar 1.326 produtores, com um investimento total de R$ 41,28 milhões, com aporte direto de recursos, que totalizarão até R$ 30 mil via Cartão Cidadão por agricultor. “Em todo o Estado, o plano prevê ações individualizadas, com apoio do serviço de assistência técnica e extensão rural e parcerias institucionais”, explicou o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz.
Schwerz destacou ainda que a ação também tem como eixo a entrega de patrulhas mecanizadas, que contribuirão no desenvolvimento da atividade. “O que se pretende nesse projeto é aproximar ainda mais a extensão das famílias rurais, com a realização de diagnósticos produtivos, sociais e ambientais, que seguirão às operações agrícolas que integrarão o plano de ação”, frisou. Em sua fala, apresentou os eixos tecnológicos, que podem ser desde recuperação de pastagens degradadas e o manejo conservacionista do solo, bem como o tratamento de dejetos animais ou o acesso ao saneamento básico.
No Estado, serão 15 mil agricultores familiares beneficiados diretamente e 150 mil unidades produtivas com impacto indireto. Na primeira fase, o investimento total será de R$ 450 milhões com recursos do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs). O cronograma segue até o fim de 2027 e a seleção das famílias deve ocorrer entre junho e julho, com o suporte dos conselhos municipais e da Emater. Os municípios de Capitão, Marques de Souza, Pouso Novo e Travesseiro também participaram do lançamento.


