Desde 2011, Cristovão Steffler, 65, e Teresinha Steffler, 67, moradores do distrito de Forqueta, embarcam anualmente em uma jornada de fé rumo a Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida/SP. Em 2025, a tradição completou 14 anos ininterruptos, nem mesmo a pandemia interrompeu o compromisso com a padroeira do Brasil.
A última excursão, organizada pelo casal arroio-meense, partiu no dia 27 de maio com um grupo de 44 romeiros de diversos municípios da região – como Arroio do Meio, Travesseiro, Marques de Souza, Lajeado, Estrela e Vera Cruz.
Foram dois dias imersos na espiritualidade da catedral de Aparecida, considerada uma das maiores do mundo. “Mesmo indo todos os anos, a gente não conseguiu conhecer tudo lá dentro. É imenso”, relata Cristovão. “Vamos para agradecer e pedir bênçãos para o ano. Também levamos os pedidos de oração que o pessoal daqui confia para nós. Rezar, cantar, conversar com os padres… tudo isso renova a gente.”
Em 2011, Cristóvão e a esposa Teresinha receberam um convite inesperado de amigos para ocupar dois lugares vagos em uma excursão. Na época, ele havia parado de beber havia três anos e enfrentava mudanças profundas na vida. “Quando entrei na catedral e fiquei em frente à imagem, senti uma força muito grande. Ali entendi que aquele era o meu caminho.” Desde então, o casal viaja todo ano para Aparecida para renovar os votos de fé.

em Aparecida. Casal organiza excursões anualmente para o santuário
Lazer e amizades pela caminhada
Além da religiosidade, a viagem também levou o grupo a outros destinos. Neste ano, após a estadia em Aparecida, seguiram para Trindade, onde visitaram o Santuário do Divino Pai Eterno, e depois para Caldas Novas, em Goiás, famosa por suas águas termais, onde ficaram até o dia 4 de junho.
“Caldas Novas é um paraíso das águas. Só de área de lazer são oito hectares, com piscinas de águas naturalmente quentes que chegam a 60 graus nas fontes e nas piscinas eles resfriam para uns 30 graus. É uma maravilha”, explica Cristovão.
Para além da estrutura dos lugares visitados, o que marca mesmo os viajantes são as pessoas que conhecem. Cristóvão e Teresinha lembram com carinho dos laços criados ao longo dos anos com funcionários de hotéis, guias e comerciantes. “A gente faz amizade com muita gente diferente. Tem pessoas que a gente conheceu anos atrás e até hoje mantemos contato.”
A cada ano, a experiência se renova e ganha novos significados para o grupo. O que começou com um convite despretensioso se transformou em uma tradição marcada pela fé, pela convivência e pelo espírito comunitário. Para Cristovão e Teresinha, enquanto houver disposição e saúde, a missão de conduzir essa romaria continuará sendo cumprida com gratidão e entusiasmo.
