NOSSA CAPA
    DESTAQUES

    Restauração do caminho para Gruta de Lourdes

    26 de outubro de 2025

    SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

    26 de outubro de 2025

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025
    Facebook Twitter Instagram
    Facebook Twitter Instagram
    O Alto TaquariO Alto Taquari
    ASSINAR
    • LEIA ONLINE (PDF)
    • Início
    • CATEGORIAS
      • Agricultura
      • Comércio
      • Cultura
      • Economia
      • Educação
      • Geral
      • Política
      • Polícia
      • Política
      • Saúde
      • Tecnologia
      • Trânsito
      • Transporte
      • Turismo
    • Cotidiano
    • Colunas
      • Isoldi Bruxel – Apartes
      • Alexandre Garcia
      • Resenha do Solano
      • Ivete Kist – Carta Branca
      • Alício Assunção – Mais Turismo
      • Gilberto Jasper – Em Outras Palavras
    • Esportes
      1. Bocha
      2. Copa Pituca
      3. Escolinhas
      4. Futebol
      5. Futebol Amador
      6. Futsal
      7. Gauchão
      8. Motocross
      9. Outros esportes
      Featured

      SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

      26 de outubro de 2025
      Recent

      SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

      26 de outubro de 2025

      Bocha para Veteranos define semifinalistas neste sábado

      11 de outubro de 2025

      Salão Paroquial sedia rodada final do futsal de Arroio do Meio

      26 de setembro de 2025
    • ESPECIAIS/CADERNOS
      • 50 anos da AMAM
      • Arroio do Meio – 85 Anos
      • Eleições 2022
      • Escola São Caetano – 110 anos
      • Agrovale
    O Alto TaquariO Alto Taquari
    You are at:Início » Adoção: uma relação de duas vias
    Geral

    Adoção: uma relação de duas vias

    adminBy admin4 de junho de 2012Nenhum comentário9 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Compartilhar
    Facebook Twitter Pinterest WhatsApp Email

    O ato de adotar ainda é visto pela sociedade com um ar preconceituoso. Porém, é uma das medidas que os casais que não podem gerar filhos encontram para realizar o sonho de serem pais. Apesar disso, a preferência de muitos casais é de adotar crianças recém-nascidas e muitas delas, que não possuem o perfil desejado, ficam por muito tempo em abrigos, ou até mesmo, nunca são adotados. Conforme o juiz da Comarca de Arroio do Meio, João Regert, há atualmente 26 casais habilitados para a adoção. No último ano, fo¬ram quatro crianças adotadas na comarca arroio-meense. Regert afirma que hoje nenhuma das 24 crianças atendidas no Abrigo de Menores é da Comarca de Arroio do Meio.

    A psicóloga Valquíria Breyer Lopes realiza avaliações de casais que buscam constituir uma família, assim como casais que se encontram no processo de adoção. Confira mais detalhes sobre a adoção no artigo escrito pela psicóloga:

    “A prática da adoção não é algo tão recente como muitos pensam, encontramos referências desde a antiguidade nos Códigos Babilônicos como também regulamentação legal no Egito, Grécia e Roma. Na Grécia a adoção tinha duplo sentido: primeiro prevenir a extinção de uma linhagem familiar e segundo perpetuar o cerimonial religioso dos ancestrais. No Egito a adoção desempenhava a possibilidade de transmissão dos bens da família. Sabemos que durante um período da civilização a adoção cai em desuso e posteriormente, a Igreja e o Estado passam a interferir cada vez mais nos assuntos familiares, condenando o infanticídio, o abandono e o aborto. O Estado por sua vez passou a tomar ações punitivas para aqueles que cometiam ações de violência contra as crianças e assim, surgindo no século XVII, na França, os primeiros asilos para crianças abandonadas.

    Após a 1ª Guerra Mundial, houve um número significativo de crianças órfãs. Decorrente dos conflitos bélicos, os países europeus começaram a tratar a adoção como assunto do Estado e utilizá-la como instrumento de política social para resolver a situação de crianças sem lar. Assim aparecem as primeiras disposições legais na Itália (1917), França (1923) e Inglaterra (1926) e no Brasil a legislação foi publicada em 1957 e de lá para cá muitas alterações aconteceram.

    Diversas são as situações que recém-nascidos e crianças com idade mais avançada são encaminhadas para adoção, se em outras épocas as crianças eram entregues em asilos (como eram chamadas as instituições) e posteriormente encaminhadas para a adoção, hoje muitas das crianças são retiradas do meio familiar biológico por estarem vivendo em condições desfavoráveis para o seu desenvolvimento global. A negligência de cuidados e/ou maus tratos (desde violência psíquica, física e sexual) são razões que com base no Estatuto da Criança e do Adolescente levam o Poder Judiciário retirar a criança deste ambiente impróprio, destituindo os pais da sua condição e encaminhando a criança para a adoção. Temos aqui uma ruptura com a ascendência, mas há uma outra ruptura que devemos falar, seria a ruptura com a descendência, a ideia da continuidade da linhagem familiar ‘sangue do meu sangue’. Considero importante abordar esta questão visto que muitos que se habilitam a adoção são casais que por algum motivo estando impossibilitados de gerarem seus próprios filhos encontram na adoção a possibilidade de ter um filho e assim constituir uma constelação familiar. Mas sabemos que até decidir pela adoção é uma longa caminhada. A impossibilidade de gerar um filho representa uma perda, levando o casal a fazer um luto, porém, esse é um luto muitas vezes vivido de forma solitária e silenciosa, sendo reprimido, pouco falado e muitas vezes nem sendo compartilhado entre as partes envolvidas. Superado esse momento difícil, o casal vai em busca da adoção, o real da impossibilidade de gerar seu próprio filho passa dar lugar a um sonho onde se realiza o desejo de ter um filho, sendo a adoção a concretização do desejo de pai e mãe em relação à paternidade e maternidade.

    A adoção é uma relação de duas vias, se para os adotantes é a possibilidade de tornar-se pai e mãe, para a criança é a possibilidade de ter uma família com ingredientes necessários para o seu desenvolvimento: afeto, atenção, limites, respeito, palavras de incentivo, de coragem. Adotar é vincular-se, é criar laços de afetividade, é amar sem esperar nada em troca, é amar sem sentir pena nem de si nem da criança, é amar sem precisar ser um superpai ou uma supermãe, é amar sem sufocar.

    O processo para habilitar-se à adoção passa por alguns procedimentos legais, algumas vezes um tanto burocráticos que acabam desmotivando quem ingressa nesse processo, a preferência ainda é por bebês recém-nascidos, uma adoção idealizada, nestes casos o tempo de espera muitas vezes é bastante longo. Mas como tudo na vida há sempre o idealizado e o real. O real são crianças já com mais idade que estão nos abrigos para serem adotadas.

    Quando falamos de adoções de recém-nascidos, uma questão um tanto delicada é a revelação à criança sobre sua condição de adotada, inquietando os pais. Omitir a história transforma uma não informação em informação. Silenciar também é informar, um segredo está no ar. O segredo na sua maioria das vezes está a serviço de proteção, mas quem precisa desta proteção? Na sua maioria das vezes os próprios pais que se servem do segredo para se protegerem dos seus próprios fantasmas: “medo de não serem amados pelo filho quando souber da sua história, medo que o filho queira procurar seus pais biológicos, medo da rejeição ou desvalorização, medo do sofrimento e da discriminação” O temor sobre a revelação às vezes é muito grande levando os pais a tornarem-se superprotetores, pais que sufocam a criança, pais extremamente vigilantes, esquecendo de viverem a sua própria vida, limitando-se a viver apenas a vida da criança. Concluindo esta questão é importante, sim, a revelação para a criança da sua história, faz parte dela, não há como simplesmente ignorá-la.

    No processo de adoção de crianças com mais idade, é comum adotantes passarem por um período de adaptação de convivência com a criança. Quando a criança já está inserida neste novo meio familiar, inicia-se ali um processo de adaptação, mesmo que cada processo seja único há alguns comportamentos que podemos chamar como característicos desta fase como:

    – A criança passa a apresentar alguns comportamentos regressivos, comportamentos de fases anteriores do seu desenvolvimento, como voltar a fazer xixi na cama ou na roupa, manifestar vontade de voltar a fazer uso da mamadeira, bico ou mamar no peito da mãe, dizer que está dentro da barriga da mãe adotiva e simular o seu nasci¬mento. São comportamentos normais, pois através destes comportamentos há a tentativa de viver seu nascimento, como se quisesse retornar ao seu estado de recém-nascido junto aos seus novos pais. Nesta fase é importante o toque, o contato corporal, contato esse que transmite segurança e sentimento de proteção.

    – Agressividade, em geral após a fase inicial de encantamento mútuo, a criança pode manifestar comportamentos agressivos, tais comportamentos não significam que a criança não goste de seus pais, ou seja uma criança má. A agressividade e outros comportamentos hostis é a forma da criança testar seus pais, testar o quanto é amada, testar se há possibilidade de ser abandonada ou “devolvida” ao abrigo. É importante que os pais enfrentem esse momento com paciência, firmeza sem temer em colocar limites, pois estas explosões emocionais precisam ser contidas com firmeza e afeto.

    – A criança procura se identificar com os novos modelos parentais, ela imita as atitudes dos seus pais, procurando tornar-se o mais semelhante possível na forma de falar, de comportar-se, de gesticular, é a tentativa de fortalecer a noção de pertencimento e ser reconhecido como integrante da constelação familiar.

    – Ser superpais, acreditam que precisam ser pais perfeitos, tentativa de provar sua capacidade para o exercício do papel de pai e mãe (como se estivessem seguindo um manual de receitas). E quando se deparam com atitudes agressivas e regressivas os pais sentem-se impotentes, e passam a se culpar por tudo que está acontecendo, se achando incapazes de educar seu filho. Nem pais serão superpais e nem filho será um superfilho.

    Estas questões até aqui apontadas, não devem levar o leitor a pensar que uma adoção é algo penoso ou difícil. Com certeza as adoções na sua maioria são bem sucedidas, quando situações como acima citadas foram vivenciadas, com amor, carinho, fortalecimento dos laços afetivos possibilitando a superação dos momentos mais difíceis, afinal, quando o desejo materno e paterno já está instaurado, há também um lugar instaurado para esta criança que está por vir, a filiação inicia antes mesmo do filho chegar. Mesmo não havendo uma gestação biológica, há uma gestação subjetiva, há uma espera, há a expectativa de ver pela primeira vez, de levar para casa, de registrar como filho, de apresentá-lo aos familiares e amigos, expectativas que qualquer pai e mãe têm quando esperam a chegada do filho. Adotar é um ato de amor!

    As dúvidas em relação ao desenvolvimento de um filho surgem, e a melhor forma de suportá-las é reconhecer que elas existem e procurar auxílio para superar. A região do Alto Taquari possui na cidade de Lajeado um Grupo de Apoio à Adoção. Este grupo reúne-se mensalmente e lá são abordados diversos assuntos relacionados à adoção, desde as questões legais, desenvolvimento da criança, aspectos sociais e psicológicos implicados no processo, além de ser um momento de troca de experiências entre famílias que já têm seu(s) filho(s) e aqueles que estão se habilitando a adoção. Ao longo do texto fiz referência a casais adotantes, mas cabe ressaltar que hoje há adoções independentes, isto é, para ser mãe ou para ser pai não há a obrigatoriedade de ter um cônjuge, assim como temos casos de adoção feita por homossexuais.”

    Arroio do Meio
    admin
    • Website

    Postagens Relacionadas

    Restauração do caminho para Gruta de Lourdes

    26 de outubro de 2025

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Seminário discute enfrentamento à violência contra mulheres e meninas

    24 de outubro de 2025

    Evento marca o Dia da Liderança Comunitária e valoriza o trabalho voluntário

    24 de outubro de 2025
    Não perca

    Restauração do caminho para Gruta de Lourdes

    26 de outubro de 2025

    A Administração Municipal de Pouso Novo tem em andamento a obra de restauração e construção…

    SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

    26 de outubro de 2025

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025
    Manter contato
    • Facebook
    • Instagram
    Nossas Escolhas

    Restauração do caminho para Gruta de Lourdes

    26 de outubro de 2025

    SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

    26 de outubro de 2025

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    FAÇA SUA ASSINATURA

    Faça sua assinatura e receba semanalmente o seu Jornal O Alto Taquari no conforto de sua casa ou empresa.

    Sobre nós
    Sobre nós

    Fundado em 1967, o jornal O Alto Taquari, desde o princípio, teve um enfoque comunitário, dando espaço e repercussão para iniciativas e fatos do cotidiano dos municípios de atuação.

    Desde os anos 80, o periódico está sob a coordenação e direção de Isoldi Bruxel. Neste período, o jornal acompanhou as mudanças que ocorrem em âmbito regional, nacional e até mesmo mundial, principalmente em termos de tecnologia e empreendedorismo, que influenciaram as relações e ambientes sociais, econômicos e culturais.

    Nossas Escolhas

    Restauração do caminho para Gruta de Lourdes

    26 de outubro de 2025

    SportFest 2025 abre inscrições para modalidades esportivas

    26 de outubro de 2025

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025
    INFORMAÇÕES GERAIS

    Pérola Editora Jornalística Ltda.
    Diretora/editora: Isoldi Bruxel
    Impressão: Gráfica UMA
    Periodicidade: semanário com circulação às sextas-feiras
    Área de abrangência: Arroio do Meio, Capitão, Travesseiro, Pouso Novo e Marques de Souza

    Rua Dr. João Carlos Machado, 775, 2º piso
    Caixa Postal 67 – Arroio do Meio – RS
    CEP 95940-000
    Telefone: 51 3716 1291
    E-mail: jornal@oaltotaquari.com.br

    O Alto Taquari
    Facebook Instagram WhatsApp
    © 2025 Todos os Direitos Reservados ao Jornal O Alto Taquari. Por Drops Criativa.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.