As cartas já estão na mesa. São conhecidos os nomes de todos os candidatos a Prefeito, a Vice e a Vereador. Acabaram as especulações, acabou o vai-não-vai. De agora em diante vamos ter o pessoal na rua. Podemos observar atentamente as coisas e tirar nossas conclusões. Quem não ria nunca passou a rir pra todo mundo? Quem olhava de cima para baixo passou a enxergar na horizontal? Quem não tem trabalho está buscando emprego?
O fato é que os eleitores aguardam propostas boas. Queremos ficar entusiasmados, queremos acreditar que o pessoal tem idéias e que está falando sério. Ninguém precisa vir dizer que vai mudar o mundo. Um feijão-com-arroz bem caprichado está de bom tamanho.
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Ok, eventualmente, a gente precisa de uma carga de brita em frente da morada, mas não é esta a razão para dar o voto. O nosso voto vai para aqueles que tem melhores condições de pensar no todo, em vez de gastar a munição em favorzinhos. O município precisa de gente que se dedique a melhorar aquilo que aí está e a ajeitar alternativas de futuro. É preciso pensar em lazer saudável e em favorecer a criação de empregos. É preciso zelar pelas escolas e se interessar para que os serviços de saúde funcionem a contento. Não dá para esquecer do perigo que as drogas representam e nas medidas para a prevenção do mal…
– Muito trabalho?
Isto mesmo, muito trabalho. Quem não quer suar não devia nem se apresentar. Aqueles que vão para o serviço público são servidores. Quer dizer, eles servem. Eles não se servem; tampouco, que são servidos. O dinheiro que nós entregamos na forma de impostos e de taxas deve ser gasto com toda parcimônia. Nossos representantes devem zelar pelos dinheiros públicos ainda melhor do que cuidam dos seus bens particulares. Nem era necessário tocar no assunto, mas lá vai. Se o cara não sabe cuidar das finanças pessoais também não vai saber cuidar das finanças públicas. É ou não é?
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Enfim, são vários itens a pesar nessa balança eleitoral. Vamos aproveitar bem os meses de campanha. Por enquanto, só tenho certeza de uma coisa. Só tenho certeza de que, se fosse eleitora em Pouso Novo – onde eu nasci – votaria no tio Lói para Prefeito. E ponto.

