
Leio uma reportagem que trata sobre envelhecimento da população e longevidade. Matérias assim são cada vez mais frequentes nos diferentes meios de comunicação. No presente caso, o conteúdo deriva de uma pesquisa que acompanhou a vida de um grupo de 1500 crianças, desde a infância até a morte delas. Um dos objetivos do estudo era identificar fatores que podem determinar uma vida mais longa. Responsável pelo trabalho foi o psicólogo e educador norte-americano Lewis Terman. Depois que ele morreu, em 1956, seus assistentes (e os assistentes deles) continuaram o trabalho, até chegar à publicação dos resultados.
Selecionei algumas das conclusões, para apresentar aqui:
- Não se aposentar nunca. A comparação entre pessoas da mesma idade mostra que quem se aposentou está pior. Não é preciso trabalhar como louco. O importante é ter um compromisso regular. Assistir TV não conta.
- Não ser otimista demais. Os muito otimistas não enxergam os riscos, planejam pouco, deixam de consultar médicos. Além disso, ficam devastados quando alguma coisa dá errado.
- Sair de casa, encontrar amigos, conversar com pessoas é fundamental. Como sabemos, a poltrona fica cada vez mais tentadora à medida que a idade avança, mas o que se recomenda é botar o pé na rua, ter vida social.
- Não adianta ter amigos legais. É preciso ter amigos saudáveis. Assim como é melhor se cercar de magros para emagrecer, a receita é achar uma turma saudável. O mau humor e a burrice são tão contagiosos como a gripe.
- Não confiar na genética. Se o avô viveu 90 anos, é bom descobrir de que modo ele vivia e imitar, em vez de simplesmente confiar que o fato vai se repetir com você.
- Não acreditar que uma vida sem esforço favorece a longevidade. Ou seja, nada é melhor do que se puxar, aprender coisas novas, desafiar os próprios limites.
- Conviver com crianças. Amar as crianças. Isto mantém a pessoa sintonizada com o mundo e mais a fim de continuar vivendo nele.

