Vale do Taquari – O aumento das temperaturas nesta época do ano intensifica a procura por balneários em rios, lagos, piscinas, cachoeiras e mar. Os veranistas que utilizam estes recursos naturais aproveitam para se refrescar e fugir do calor intenso. O caso de afogamentos geralmente é proporcional à busca por opções de lazer.
Nesta temporada, até o momento só foi registrado um afogamento na área de atuação do Corpo de Bombeiros de Lajeado, totalizando oito mortes no decorrer do ano. Cinco delas ocorreram no rio Taquari em Lajeado, uma em Cruzeiro do Sul, uma no rio Forqueta em Marques de Souza e uma em um arroio em Putinga. As vítimas tinham idade entre 12 e 58 anos, sendo sete homens e uma mulher.
O tenente José Augusto Pohlmann, do Corpo de Bombeiros de Lajeado, informa que entre as vítimas havia pescadores e suicidas. No entanto, faz uma série de ressalvas para os banhistas, os orienta a procurar locais com condições de segurança e a zelar pela vida.
“A maioria das fatalidades ocorre pelas pessoas despreparadas que não conhecem seus próprios limites. Não sabem nadar, ou sabem, mas desconhecem as características de rios, lagos ou mar. Outro problema é a ingestão de álcool ou alimentos, que pode provocar congestão. Isto é, o sangue que iria auxiliar na digestão, acaba indo para a pele para manter o corpo aquecido, provocando paradas cardiorrespiratórias. Por isso médicos recomendam o repouso de pelo menos uma hora e meia após as refeições”, explica.
Conforme Pohlmann, nem todos os bombeiros são salva-vidas, pois é necessário condicionamento físico, técnica e equipamento. Por isso sugere aos veranistas: nunca deixar as crianças sozinhas na água e de preferência colocar boias nos bracinhos. Evitar locais desconhecidos que possam ter armadilhas como buracos e galhos, poços profundos ou pontos com correnteza. E em situações de afogamento jogar boias e cordas ou esticar taquaras. Nas embarcações a dica é utilizar coletes salva-vidas. No mar, o recomendável é permanecer em locais próximos de guaritas com salva-vidas.
“Três minutos de baixo da água bastam para sequelas irreversíveis originadas por lesões do sistema nervoso pela falta de oxigênio no cérebro. No primeiro minuto sem oxigênio o ser humano já fica inconsciente”, alerta.
O tenente deseja um veraneio com momentos de lazer bem aproveitados, mas pede aos veranistas que sigam as recomendações para diminuir acidentes. No caso de emergência, o contato com os bombeiros é o telefone 193.