“Vou morrer, doar minhas córneas e mesmo assim não verei tudo”.
A frase, que emprego com frequência cada vez maior, define o festival de barbaridades que afloram diariamente. Li no jornal A Hora, de Lajeado, que a obra de duplicação da BR-386 pode ser paralisada. Outra vez!
É uma vergonha que assola o Vale do Taquari, carente de representação política em Porto Alegre e Brasília. A notícia revela que o término dos 33,4 quilômetros pode ocorrer somente em 2016, embora a conclusão estivesse prevista para julho de 2013. Mais absurdo que a lentidão é o motivo de uma possível parada: a Polícia Rodoviária Federal teria feito nova contagem de tráfego em Estrela revelando que o fluxo aumentou de forma significativa. Isso obrigaria a uma revisão do pavimento inicialmente previsto.
Quando parece impossível que o festival de absurdos se amplie, descubro que a Funai terá condições de vistoriar a aldeia construída para os índios que residem às margens da rodovia apenas em março. O motivo é a falta de recursos até a aprovação do Orçamento de 2015. Num país onde nunca se roubou tanto dinheiro público, isso soa como brincadeira de mau gosto.
O tráfego da BR-386 é intenso, constante e diário. No último sábado fiz o trajeto Porto Alegre-Arroio do Meio e domingo retornei à Capital. Nos dois dias o movimento era grande, inclusive de veículos pesados. Centenas de vidas já foram ceifadas nesta rodovia por onde transita significativo volume do PIB do Rio Grande do Sul. Sensibilidade é artigo raro nos gabinetes de Brasília, fundamental para compreender a importância da duplicação.
O fim de semana também teve boas notícias!
Mas no final de semana não foi somente de notícias ruins na minha visita à terrinha.
Sábado à noite reencontrei a queridona Márcia Krey, grande amiga do tempo das reuniões dançantes de garagem, das sessões duplas do Cine Real, do campeonato de futebol de salão da praça, de vôlei no Colégio São Miguel. Márcia continua bonita, simpática e comunicativa. Foi um baita presente durante minha rápida passagem pelo Boteco 151.
Outra notícia boa! Quero agradecer às gurias da Academia Vital, colegas da minha mãe, dona Gerti, leitoras fiéis desta coluna. Abração carinhoso à professora Sandra Betio e às alunas Alice Teresinha Forneck, Edi Scheid, Dulce Jung, Celônia Schmidt, Clari Fleck (mãe dos amigos Júnior, Dado e Carlinhos), Augustina Gasparotto, Maria Gräff, Imelda Koerbes e Sonia Korb.
Parabéns, meninas, por driblar a preguiça e o calorão, valorizar a saúde e por manter o corpinho em dia para os passeios de verão!

