O Ministério da Saúde confirmou, na quarta-feira, o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19). São 20 casos suspeitos da doença no país. Os casos suspeitos estão assim espalhados: Paraíba (1), Pernambuco (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2) e Santa Catarina (2) e São Paulo (11). Cinquenta e nove casos suspeitos foram descartados.
Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença: febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.
Atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira, o homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova. “Agora é que vamos ver como este vírus vai se comportar em um país tropical, durante o verão”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva na quarta-feira.
Em nota, o hospital afirma que o paciente está em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório domiciliar pelos próximos 14 dias.
Na sexta-feira, dia 21, as autoridades italianas notificaram nove óbitos, o que levou o governo brasileiro a incluir a Itália entre os países onde a doença está se espalhando e há risco de infecção.
De acordo com o Ministério da Saúde, no mundo, já foram registrados mais de 80,2 mil casos do coronavírus em 34 países. Foram registradas 2,7 mil mortes causadas pela doença, sendo que os casos mais graves são aqueles que afetam pessoas com mais de 60 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando com especialistas para expandir o conhecimento médico sobre o novo coronavírus. Dados sobre a transmissão, recuperações e óbitos são importantes para conhecer melhor a doença e a proporção da epidemia.
Medidas básicas para evitar o contágio e a disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, em especial o coronavírus. As informações são da OMS.
• Higienize as mãos – Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel.
• Mantenha distância social – Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes.
• Evite tocar os olhos, o nariz e a boca – Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação.
• Pratique higiene respiratória – Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.
• Em caso de febre ou dificuldade respiratória, busque ajuda médica rapidamente – Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.
• Uso de máscaras – Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.