A Câmara de Vereadores de Arroio do Meio se reuniu de forma extraordinária na noite de segunda-feira, 22 de janeiro, para rediscutir a destinação de áreas por parte do município para a construção de moradias para famílias atingidas pela enchentes de setembro e novembro de 2023, que perderam suas casas.
Outra vez a sessão contou com a presença de diversos moradores, especialmente daqueles que foram atingidos pela enchente e estão aguardando um local para morar e do bairro Barra do Forqueta, contrários ao projeto.
Lembrando que na sessão ordinária passada, dia 17, houve a maciça presença da comunidade do oteamento Alto do Arvoredo, bairro Bela Vista, também contrária ao projeto, que previa o repasse de uma área de 2.257,74 m². Na ocasião, depois de uma reunião entre os líderes das bancadas, a matéria foi retirada da ordem do dia.
O projeto foi reformulado e voltou para a pauta de discussão e votação nesta segunda-feira, dia 23. Esta matéria veio com alteração, substituindo a área do Alto do Arvoredo por uma área de 2.641,18 m², localizada na Rua Pitanga, na Barra do Forqueta. Contudo, moradores deste bairro também se disseram contrários e se fizeram presentes na sessão, pois tem outras intensões para o lote em questão. Diante disso, a bancada situacionista apresentou uma emenda legislativa para a retirada da área da Barra do Forqueta do projeto.
Assim, o projeto e a emenda legislativa foram aprovados, com voto contrário do vereador Cesar Kortz (MDB), permitindo a liberação das outras duas áreas propostas na matéria, sendo elas: uma de 6.980,51 m², localizada na Rua 28 de Novembro, no Bairro São Caetano; e a outra de 1.653,13 m², na Rua Osmar Theobaldo Scheeren, no Medianeira, no Loteamento Residêncial Montello.
Com isso, será possível a construção de 24 moradias. Agora o município está analisando a viabilidade outra área para implantar o restante das casas propostas, somando 42. O recurso para a construção dessas unidades habitacionais vem do Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRLB) do Ministério Público. As casas são de 44m² e de alto padrão. “É bastante evidente que a sentimento de solidariedade da primeira enchente não existe mais”, opinou o secretário da Fazenda, Valdercir Leandro Crecencio.
Foto: Solano Alexandre Linck