Incentivadora e mãe coruja, Andréia lembra que desde os três anos Lucas já andava às voltas com lápis e papel e ela mesma se surpreendia pelo pulso firme e precisão dos detalhes do filho.
A paixão pelo desenho foi tomando conta e hoje o menino não consegue ficar mais do que dois dias sem desenhar, definindo o desenho, sempre a lápis, como uma necessidade que tem. Um pouco de TV e videogame também ocupam seu tempo, mas numa escala bem menor do que os desenhos. Futebol ou brincadeiras dos amigos passam longe da sua “agenda”. Aficcionado pelos desenhos de personagens japoneses e dono de um estilo que define como meio “sinistro e misterioso”, diz que seria muito feliz se conseguisse tornar-se um desenhista profissional: “Pretendo ganhar a vida com desenhos, histórias em quadrinhos, qualquer coisa que inclua desenho, menos arquitetura, porque não gosto de cálculos”, confessa.
Entre tantos personagens já desenhados, um detalhe chama a atenção: dificilmente Lucas usa a borracha. Quando desenha é pra valer. É aquele desenho, no qual, a partir do primeiro traço, horizontal ou vertical, a concentração e imaginação do menino entram em cena e só param quando o desenho estiver pronto.