Mesmo sendo considerada uma falta de bom senso, carcaças de animais continuam sendo despejadas de forma irregular em arroios do município. Neste mês, a redação do AT fotografou sacos contendo carcaças na rua A do bairro Medianeira. O material estava próximo ao leito do arroio Grande, local onde foi encontrado um animal morto em estado de putrefação, em setembro.
A Vigilância Sanitária de Arroio do Meio recebeu denúncias de irregularidades, na Medianeira, e está monitorando a área. Responsável pelo setor, Eduardo Chiarelli relata que duas a três vezes por ano são encontradas carcaças de animais no local, possivelmente, despejados pela mesma pessoa. Outras denúncias foram registradas no leito do arroio Grande – localidade de Arroio Grande –, mas segundo Chiarelli, o ponto foi vistoriado, sendo encontrado apenas fluído líquido. A colocação de carcaças de animais em locais impróprios pode gerar prejuízos para o meio ambiente.
Coordenadora do Departamento do Meio Ambiente, Juliana Salvi explica que a decomposição da matéria orgânica animal contamina o solo e os lençóis d’água, além de gerar mau cheiro. A coordenadora explica que o descarte de carcaças em leitos é proibido pela lei 1.797 de 2000, do Código do Meio Ambiente. Chiarelli alerta que existem regulamentações que restringem o abate residencial em área urbana, sendo permitido apenas em propriedades rurais, com o aval da Vigilância Sanitária, ou em frigoríficos. “Pessoas em desacordo podem ser surpreendidas pela fiscalização e receberem multas,” concluiu.