Li, na última edição do nosso jornal O Alto Taquari, que a Associação dos Menores de Arroio do Meio (Amam) encetou
campanha para a arrecadação de livros cadernos e material escolar em geral. Meu falecido pai foi um ativo
participante da vida beneficente. Ajudou várias entidades e nunca negou apoio, o que sempre me serviu de inspiração.
A participação ativa na sobrevivência destas associações é uma qualidade muito nobre. A maioria luta com extremas
dificuldades. Não bastassem os problemas cotidianos, os obstáculos se agravam com a ação de golpistas que pedem dinheiro e mantimentos em nome de instituições inexistentes.
É incrível a extensão da maldade humana.
Nas sinaleiras de Porto Alegre, prolifera o contingente de homens, mulheres, jovens e crianças que pedem esmolas,
vendem lápis, santinhos, adesivos, uma infinidade de quinquilharias. Tão comum quanto estes pedintes são as reportagens que inundam os meios de comunicação revelando golpes que em nada lembram benemerência muitas vezes envolvendo gente que pretexta defeitos físicos para sensibilizar desavisados motoristas.
A Amam sobrevive pelo esforço de um pequeno, porém, abnegado grupo de cidadãos conscientes de sua função social. Desconheço detalhes da rotina, mas as dificuldades devem ser desafiadoras. Como em tantos outros segmentos da comunidade, as criticas abundam, enquanto as contribuições chegam fruto de campanhas intensivas e permanentes, muito trabalho e esforço.
Material escolar e livros em geral são caros, mas há modelos mais simples que custam barato. O resultado da ajuda será altamente compensador. O sorriso da gurizada, a alegria ao ostentar cadernos, estojo com lápis de cor e livros novos constitui sonho de milhões de crianças que lutam para sobreviver. Eles têm pouco que comer em casa, desconhecem passeios no shopping aos sábados à tarde, não têm finais de semana na praia ou curtem viagens de férias.
A vida moderna, repleta de compromissos, estresse e horários, faz com que os dias de folga sejam aguardados com ansiedade para relaxar. Por isso, não é fácil encontrar padrinhos que empreguem horas de lazer para arrecadar alimentos, donativos e juntar novos parceiros para vestir a camiseta da entidade na luta pela sobrevivência. A doação
de material escolar é apenas uma faceta desta vontade de ajudar que infelizmente não contagia muitas pessoas.
Geralmente a desculpa para a omissão em ajudar se alicerça na crítica às autoridades que deveriam trabalhar pelo futuro de menores carentes, idosos desassistidos e desvalidos em geral. A inoperância das “autoridades competentes”
é notória. Isso, todavia, deveria servir de estímulo na busca de alternativas para estender a mão a milhares de necessitados se agravasse.
Como na prática o ano está no início – passado Natal, Ano Novo e Carnaval – que tal amolecer o coração, abrir a
mão e contribuir com a Amam? É só telefonar para a entidade – 3716.3428 – ou falar com os voluntários que a turma
dá um jeito de buscar o material. Seja cristão!