Atenção! As mulheres do futuro serão levemente mais baixas e rechonchudas, terão corações saudáveis e muita fertilidade. O biólogo evolucionista Stephen Stearns, da Universidade de Yale nos EUA, coordenou a equipe que estudou 2.238 mulheres que haviam passado da menopausa, e então cruzaram os dados com suas respectivas vidas reprodutivas. Avaliaram altura, peso, pressão arterial, colesterol e outras características correlacionadas com o número de crianças a que elas deram à luz. E chegaram a conclusão de que as baixinhas fofinhas tendem a ter mais filhos, em média, do que outras, mais altas e magras. E ainda passam estas características às filhas. Ou seja, deram continuidade a esse processo que se considera evolutivo.
Em outras palavras, as mulheres “evoluem” para tudo isso. Academias, personal trainning, pilates, dietas rigorosas e outros tratamentos escravizantes não interromperão o processo evolutivo. Gurias, no futuro todas serão fofinhas! E baixinhas! Stearns garante que lá por volta do ano 2400 – e não estarei mais aqui para comprovar -, as mulheres terão dois centímetros a menos em média e pesarão um quilo a mais. Darão à luz o seu primeiro filho cinco meses mais cedo e iniciarão na menopausa dez meses mais tarde, em relação à média atual.
E o que representa um mísero quilinho para quem já acumulou muito mais depois de um inverno frio e chuvoso? O lado positivo é que as supermodelos no padrão Gisele Bündchen e Claudia Schiffer serão apenas exemplos ultrapassados de estrutura física. A mulher evoluída atrairá os homens com um perfil, digamos assim, mais cheinho. E olha que os machos da espécie, em sua maioria, torcem o nariz para as esqueléticas das pistas. Esguias, te olham de cima com aquele ar superior, podem escolher a dedo os melhores machos da espécie e ainda desdenham as gordinhas. “Você tem que se gostar mais, querida”, aconselham às fofas ansiosas e carentes.
Lamentavelmente o artigo não trata do setor masculino. Como serão os homens daqui a quatrocentos anos? Serão baixinhos, fofinhos? Serei eu dos protagonistas deste processo evolutivo? Vou pesquisar sobre o assunto. Enquanto isso, liberem as massas, os mousses e pudins! E viva as mulheres com substância do futuro!