No último sábado, 29 de setembro, a sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag-RS, constituiu-se em palco para o ato de lançamento oficial do Cadastro Ambiental Rural – CAR, neste Estado.
A partir da oficialização do CAR, mais de 483 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul poderão efetuar o registro ou cadastro, no entanto, as entidades que se envolvem na tarefa, estão orientando os agricultores a não se apressarem para evitar erros.
A Fetag e a Farsul estão treinando equipes de apoio para a realização de um trabalho a ser concluído dentro de um ano, previsto no Novo Código Florestal Brasileiro e tudo indica que o Rio Grande do Sul, mais uma vez deverá destacar-se como sendo o pioneiro e o primeiro a iniciar e concluir o que dá para considerar como sendo um dever de todo o proprietário de imóvel rural brasileiro.
Crédito Fundiário
Tivemos há um mês, uma mobilização de agricultores familiares do Rio Grande do Sul, cobrando do governo federal, especialmente do Ministério do Desenvolvimento Agrário, providências quanto algumas reivindicações pertinentes ao Crédito Fundiário.
O protesto tinha como objetivo fazer com que ocorressem mudanças no Programa Oficial de financiamento de compras de terras, que estava praticamente parado nos oito primeiros meses do ano, com um forte clamor dos inadimplentes que esperavam por uma chance de renegociação de suas dívidas.
Nesta semana o Conselho Monetário Nacional anunciou a intenção de proporcionar uma oportunidade aos beneficiários do Banco da Terra de uma recomposição de suas dívidas, ação que poderá fazer com que uma grande parcela dos que estão em atraso procurem repactuar as condições de pagamento.
Quanto à retomada da concessão de novos financiamentos não se tem ainda uma informação concreta, mas há uma expectativa de que isso venha a acontecer, juntamente com uma adequação dos limites do programa, em termos de parâmetros de valores.
Sem asfalto o desenvolvimento atrasa
A partir de manifestações de pessoas, líderes classistas, comissões e políticos, que participaram da “audiência pública” de iniciativa da vereadora Margarida Fröhlich, presidente da Câmara de Vereadores de Capitão, na segunda-feira, 30, as decepções e frustrações são os sentimentos mais fortes que, infelizmente, restaram do evento.
As ausências da empresa que detém o contrato de execução da obra do asfalto entre Arroio do Meio e Capitão e de representantes do Daer (governo do Estado) contribuem para que as esperanças se distanciem um pouco mais, o que é fortemente lamentado pelas comunidades.
Todos os argumentos possíveis já foram utilizados para convencer as partes envolvidas no processo, mas parece não haver jeito e o progresso de uma das regiões mais bonitas e trabalhadoras continua sendo obstruído por um descaso, por uma indiferença e insensibilidade, principalmente de uma empresa, despreocupada com um sofrimento que perdura há quase duas décadas.
Se tiver que ser feito um novo processo licitatório, a solução estará mais distante ainda, fato que estenderá ou prolongará a angústia e a injustiça, penalizando todas as atividades produtivas de várias comunidades.
Em situação diferente está o projeto de asfalto entre Forqueta a Travesseiro. Segundo dizem, só faltam alguns detalhes, ou melhor, alguns “padrinhos”, pois até agora se tem notícias de apenas uma meia dúzia.