Travesseiro – O lançamento do livro “Meu pé de louro”, do ex-morador da cidade Arlindo Sandri, 78, é apenas um pouco do que está para acontecer no município. Cerca de cem pessoas participaram da cerimônia realizada no ginásio do Travesseirense.
Sandri comprou uma área na localidade de Três Saltos Alto – onde viveu até parte da vida adulta –, onde trabalhará para honrar as origens. No local, será implantado um parque florestal com árvores nativas e a construção da réplica da casa do avô.
Ali funcionará o Museu da Colônia, com mobílias e utensílios usados na primeira metade do século passado. “Só o livro não traria tanta gente para cá”, confidenciou o travesseirense, há 42 anos residindo em Buenos Aires, na Argentina.
Concebido como uma maneira de contar a história de vida para filhos e netos, o projeto literário ganhou grandes proporções. “Eles queriam saber como que era a vida aqui. Escrevi o primeiro livro em espanhol, mas a família que mora aqui (em Travesseiro) também queria ler.”
Sandri queria mais. Achava que apenas falar de sua vida era pouco para a sua história – que se confunde com a de Travesseiro. Em seu trabalho, conta sobre o incentivo do império português para a povoação do recém-incorporado Rio Grande do Sul ao Brasil, trazendo imigrantes de diversos países, como Alemanha e Itália.
O primeiro grupo, conta ele, surgiu em 1924, na região do Caí. “O meu avô veio em 1878 com três filhos. Aqui no Brasil nasceram outros quatro, entre eles o meu pai.” As pesquisas foram feitas com o auxílio da internet.