Porto Alegre – O governador Tarso Genro terá de pagar multa de R$ 10 mil e pode ficar até cinco anos impedido de concorrer a cargos públicos e de fechar contratos com os poderes públicos. Ele foi condenado pela juíza Vera Regina Cornelius Moraes, do Fórum Central de Porto Alegre, por improbidade administrativa. Cabe recurso da decisão.
A medida afetou também os ex-prefeitos da capital, João Verle e Raul Pont, assim como o deputado federal Henrique Fontana, então secretário de Saúde do governo petista. Todos são filiados ao PT. Segundo Vera, a decisão foi tomada após uma ação do Ministério Público apontar irregularidades em contratações temporárias para a área da saúde, entre 1993 e 2002.
Segundo a juíza, alguns contratos feitos de forma temporária foram privilegiados, prejudicando candidatos que foram aprovados em concurso público para estes cargos. Em nota, Tarso alega que o Ministério Público apontou apenas um cargo como pretexto para improbidade administrativa. “Na democracia, somos obrigados a conviver com absurdos desta natureza”, diz a nota.
Já o diretório regional do PT, também por nota, informa que a juíza não avaliou outras questões, como o fato de, na época, os municípios terem ficado responsáveis pela saúde, o que antes cabia ao Estado e à União.