Qual a coisa mais maluca que você, caro leitor, já fez? Não precisa contar, eu sei que sempre haverá alguém mais doido, ou ousado a lhe desafiar. Na cidade espanhola de São Sebastian, por exemplo, vive um francês que adora passear nu em sua bicicleta. Já foi preso uma dezena de vezes. Acaba sempre solto. Andar nu não é crime. Afinal ele pedala, simplesmente. Não provoca ninguém, não faz poses, nem desrespeita as pessoas. É um ciclista peladão, apenas.
E o que passava na prodigiosa imaginação do polaco lavador de carros, flagrado namorando um aspirador de pó? Será que o convívio diário, o fez sentir-se uma espécie de homem-máquina? Eu por exemplo, sou apaixonado por cafeteiras. Sempre quentes, disponíveis. Hum…Calma, gente, eu curto mesmo é o café, cheiroso e estimulante.
Uma norte-americana, no auge da irritação, quem sabe uma super TPM, amarrou o marido na cama. “Ele nunca me dá atenção”, justificou a estressada esposa. Quando conseguiu livrar uma das mãos e ligar para a polícia, o marido já tinha várias marcas de agressão pelo corpo. Que cena! A coisa começa por lá, vira moda aqui. Antes de permitir a namorada ou esposa brincadeiras com cordas, cintos ou correntes pense: pode acabar em malvadeza.
No final de março, no interior dos Estados Unidos, uma prostituta invadiu um apartamento e exigiu a quantia de cem dólares. Como pagamento, oferecia sexo. Tenho até medo de pensar se isso vira moda por aqui. No início, muitos deixariam as portas abertas, a grana no balcão e aguardariam já de cuecas. Depois, passada a emoção, a coisa sairia de controle e nem a polícia resolveria o problema. Delegacia do Homem, já!
Kenji, um robô testado pela Toshiba, programado para simular emoções humanas, agiu fora do normal após passar um dia com uma pesquisadora. Ele tentou evitar que ela fosse embora, bloqueando a porta de passagem. Exigia abraços. Tem gente justificando que esses que tratam robôs como gente, são mais doidos do que os outros que usam aspiradores para fins que não constam em manuais de instrução. Como ensinar uma máquina a amar, se entre humanos essa lição nunca é totalmente assimilada?
Agora, doida top mesmo, foi a moça que resolveu apaixonar-se por uma pinha. Sim, essa pinha que nos dá deliciosos pinhões. Imagina o trabalhão que deu aos cirurgiões de Belgrado, capital da Sérvia, no sudeste europeu. Quero ver agora aqueles que criticam os gaúchos por comerem pinhão. Via oral, como refeição, cozido ou na chapa é uma delicia.
Assim amigo, amiga. Você que às vezes se recrimina por gostar de feijão frio, ou acreditar piamente que não tem inflação, que está tudo pronto para a Copa do Mundo ou, pior, repete algumas rotinas quase que obsessivamente – como por exemplo, insistir em amores que nada dão em troca, ou trocam tudo por nada, tranquilize-se. Não é sadismo, ou loucura. Mas preocupe-se caso comece a chamar eletrodomésticos de meu benzinho, aí a coisa está saindo de controle. No mínimo, é tão esquisito como um francês de meia idade a pedalar sem roupas. Visão do inferno, convenhamos!