Arroio do Meio – Representantes do Conselho de Defesa do Meio Ambiente do município, prefeito, vereadores e comunidade participaram de uma reunião, quarta-feira, para discutir a criação de uma unidade de conservação nos dois hectares da prefeitura localizado no Morro Gaúcho. A intenção é preservar a fauna e a flora daquele lugar que tem grande relevância para a população arroio-meense.
Agricultores e moradores se mostraram preocupados com a possível criação da unidade. Eles temem a restrição das atividades agrícolas e o uso das propriedades rurais no local.
A presidente do Codeman, Joseane Parizi Mafioleti, falou que a preocupação da população é normal, mas ressalta que a criação da unidade de conservação será feita somente na área de dois hectares da prefeitura e não prejudicará os moradores e agricultores. “A ideia é criar condições de preservação para aquele local, ninguém será prejudicado”, disse.
O vice-presidente do Codemam, Dari Júlio Scherer, que também é responsável pelo comando da Patram no Vale do Taquari, ressaltou que com uma unidade de conservação será possível captar recursos para o município, beneficiando a população arroio-meense. “Os recursos estão indo para outras localidades do Estado e da região”, esclareceu.
O engenheiro Civil Sérgio Kerbes, que mora no Morro Gaúcho discorda da iniciativa, pois pode restringir ainda mais o uso das propriedades no entorno da área. Ele diz que a maioria das terras no Morro Gaúcho possui inclinação superior a 45 graus, que é considerado por lei área de conservação permanente. “A maioria das propriedades possui mais de 50% de área total com inclinação de 45 graus ou até mais que isso, o que restringe muito o uso”, disse.
Uma nova reunião entre Conselho e comunidade será marcada em breve para abranger a discussão sobre o assunto.