Rio Grande do Sul – Os quatro principais candidatos ao governo do Estado, Ana Amélia Lemos (PP), Tarso Genro (PT), José Ivo Sartori (PMDB) e Vieira da Cunha (PDT) registraram até agora despesas de R$ 6,6 milhões, conforme os dados da segunda parcial da prestação de contas de campanha ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O valor deles somado, até agora, é inferior a de candidaturas individuais em SP, RJ, CE, MG, PE, BA e DF. No momento, a campanha a governador mais cara do país é a de Alexandre Padilha (PT), em São Paulo, com R$ 35 milhões, valor quase seis vezes superior ao total gasto pelos quatro concorrentes ao governo gaúcho. E o candidato amarga um terceiro lugar. O cenário se repete mesmo em locais de menor expressão populacional e econômica. É o caso do Distrito Federal, onde três candidatos já investiram R$ 15,1 milhões. Agnelo Queiroz (PT), aspirante à reeleição, aportou R$ 7,5 milhões, valor também maior do que o somatório do quarteto gaúcho. Há outro dado que chama a atenção: apenas no Paraná os candidatos a governador não gastaram pelo menos o dobro em comparação com o Rio Grande do Sul.
De acordo com cientistas políticos e marqueteiros, o barateamento das campanhas gaúchas é atribuído a fatores diversos. A avaliação é que os empresários se recolheram. Alegam que a crise retirou ou diminuiu a capacidade de financiamento. E, diante dos rígidos controle e divulgação dos doadores, afirmam que não querem se expor ou correr riscos de envolvimento em ilicitudes. Outro recorte indica que o Estado convive com número mais limitado de casos de corrupção, o que diminui o uso da máquina pública nas eleições.
Despesa dos presidenciáveis supera R$ 213 milhões
A prestação de contas dos candidatos nas eleições deste ano (presidente, governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital) está disponível no site do do TSE. A segunda parcial mostra os valores arrecadados, detalhando doadores e fornecedores declarados por candidato, partido político e comitê financeiro, além das despesas.
Os três principais candidatos registraram uma arrecadação superior a R$ 203 milhões. A atual presidente, Dilma Rousseff (PT) arrecadou R$ 132,93 milhões e teve despesas apuradas em R$ 142,7 milhões. Aécio Neves (PSDB) registrou receitas de R$ 48,76 milhões e despesas de R$ 48,54 milhões. E Marina Silva (PSB) registrou receitas e despesas de R$ 21,5 milhões. Os outros oito candidatos – Eduardo Jorge (PV), Pastor Everaldo (PSC), Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Luciana Genro (PSOL), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) registraram receitas e despesas de aproximadamente R$ 2 milhões.