Fiquei emocionado ao ler a edição do dia 28 de novembro do nosso jornal O Alto Taquari. Apesar da distância, acompanho com atenção as notícias veiculadas, além de visitar com frequência a cidade quando converso com muitos amigos que permitem que faça minhas próprias observações.
Todos que aqui residem – e também os distantes, como eu – às vezes perdem a perfeita noção das potencialidades do município, os destaques, as pessoas que são decisivas para o desenvolvimento e de outras características que fazem de cada comunidade um lugar único.
Também foi interessante conhecer conterrâneos anônimos que através do trabalho dedicado fazem a grandeza deste município. Ex-prefeitos falaram de suas administrações, fazendo uma espécie de flash back com lembranças que estão adormecidas em nosso subconsciente.
Ao olhar para trás, se constata que Arroio do Meio mudou, seguindo uma tendência brasileira. A população rural encolheu, fruto do êxodo que levou ao perímetro urbano um enorme contingente absorvido – em parte – pelo comércio, indústria e pelo setor de serviços. Infelizmente o setor primário tem sido submetido ao abandono. Isso afugentou os jovens, inviabilizando a continuidade de inúmeras propriedades.
Arroio do Meio também perdeu parte significativa de seu território, resultado da emancipação de distritos que mantêm autonomia administrativa, oferecendo novas perspectivas para a sua população. O título do caderno encartado no O Alto Taquari – “Um município que se faz com gente” – foi extremamente feliz porque destaca o fator humano, detalhe indispensável no desenvolvimento de qualquer comunidade.
Temos problemas, mas a união e o trabalho de todos permitirá dias melhores ali adiante
Há poucos dias, lendo o noticiário econômico dos principais jornais do Estado, fiquei orgulhoso ao constatar a pujança de empresas locais, como a Girando Sol. É um exemplo de empreendedorismo responsável que se iniciou pequeno, cresceu pela dedicação, seriedade e competência de seus diretores e funcionários. Encontrar produtos “made in Arroio do Meio” me enche de emoção, confirmando a tradição de diversos empresários da nossa terra.
Seria obtuso imaginar-se que não temos problemas. A falta de planejamento urbano é uma chaga que assola nosso país e que, em nossa comunidade, deixou marcas. Há problemas de ocupação racional para zonas residenciais e áreas industriais, obstáculos que aos poucos são superados.
Gente de fibra, trabalho dedicado, geração de oportunidades e autoridades com os olhos no futuro asseguram melhorias num futuro próximo. Longe da perfeição, Arroio do Meio cresce, mas a participação de todos é fundamental para se chegar aos avanços necessários.