Rio Grande do Sul – Pesquisa realizada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) com 218 municípios do Estado aponta que 46% terão dificuldades para fechar as contas. Dois em cada cinco municípios deixarão dívidas com fornecedores do município. Além disso prefeituras também deixarão pendências com serviços gerais como água, luz, telefone e contribuição previdenciária dos servidores.
Ao todo, 90% dos municípios gaúchos adotaram medidas para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Pelo menos 103 prefeituras estão em turno único, pois a redução da jornada de trabalho auxilia na economia de até 20% com despesas de manutenção. Um terço das prefeituras suspenderam a realização de serviços à população. E um quarto dos municípios demitiram funcionários CC’s e cortaram gratificações salariais.
Em Arroio do Meio, de acordo com a secretária da Fazenda, Jaqueline Kuhn, o orçamento de R$ 48,150 milhões fechará com superávit, “não fizemos os investimentos que queríamos, mas se considerarmos a crise no país, o município cresceu acima da média”, constata. Para 2015 o orçamento previsto é de R$ 50 milhões.
Em Capitão, de acordo com o assessor contábil Guilherme Weizenmann, apesar da arrecadação ter caído em comparação com 2013, a meta orçamentária de R$ 13,6 milhões foi cumprida, inclusive sem prejudicar a construção da nova sede da prefeitura. A receita de 2015 está orçada em R$ 14 milhões.
Em Forquetinha, de acordo com a secretária de Administração e de Finanças, Joice Ruppenthal, o orçamento de R$ 11 milhões vai fechar no azul, mas abaixo do previsto. Por isso, as projeções orçamentárias de 2015 foram mantidas em R$ 11 milhões. “A cautela vai continuar. E todos os investimentos serão bastante estudados, o que é uma das características do prefeito Waldemar Richter, que tem vasta experiência administrativa”, colocou.
Em Marques de Souza, de acordo com o secretário de Administração e Finanças, Alécio Weizenmann, haverá empate técnico entre as receitas e despesas, com um leve superávit. “Fecharemos o ano com equilíbrio devido a um controle rigoroso. Os compromissos mais urgentes estão sendo honrados”. Segundo Weizenmann, para o próximo ano a expectativa é de otimismo, porém com cautela, “a situação econômica do país não inspira muita confiança, mas não podemos implantar o horror”. O orçamento de 2014 fechou em R$ 12,950 milhões e o de 2015 está previsto em R$ 14,510 milhões.
Em Pouso Novo, de acordo com a secretária da Administração e de Finanças, Márcia Balico, os cortes vão continuar em 2015 e o controle de gastos será ainda mais rígido. O orçamento de R$ 9,2 milhões, fechou com leve superávit. Em 2015 estão previstos R$ 10,2 milhões.
Já em Travesseiro, de acordo com o secretário de Administração e de Finanças, Jorge Kremer, a receita dos últimos meses superou as expectativas, com isso o orçamento de R$ 11,7 milhões fechou com superávit, “esprememos os custos e tivemos um retorno maior do que o esperado. Porém, planejamos o próximo exercício com cautela, pois as notícias de Brasília não são muito promissoras”, relaciona. Para 2015 a receita está orçada em R$ 12 milhões.