O desejo de voar de parapente trouxe a francesa Marjolaine Feliu a Arroio do Meio para realizar um curso da modalidade. A moradora de Paris está no município desde o dia 04 de fevereiro, onde está hospedada na casa de Paulo e Eneida Kuhn, moradores do bairro Aimoré.
Interessada pelas aulas, Marjolaine procurou na internet por lugares que ofereciam cursos de parapente, quando descobriu a Escola de Voo Livre Latitude 29, dos arroio-meenses Ricardo e Rodrigo Majolo. Com sua área de treinamento no município, opera os voos de montanha nas cidades de Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales e Marques de Souza.
Marjolaine já era fã do parapente. Praticou aulas um tempo atrás, mas não teve a oportunidade de seguir. Com a vinda ao Brasil, ela decidiu dar continuidade ao aprendizado. Além do curso, outro motivo que a trouxe para o Rio Grande do Sul foi o casamento de uma amiga de Porto Alegre que conheceu na França.
Filha de mãe francesa e pai espanhol, Marjolaine entende e fala bem o português e salienta que está gostando muito da estadia em solo arroio-meense. “O povo daqui tem uma ótima qualidade de vida, pois vive ao redor da natureza o que torna tudo menos estressante”. Em contraponto, ela cita o exemplo de Porto Alegre, onde as pessoas precisam estar atentas à insegurança quando andam nas ruas, ou mesmo manter as portas das casas fechadas. “Estou conhecendo pessoas muito acolhedoras e tinha muita curiosidade em conhecer o outro lado do Brasil”. Conforme ela, a imagem que os franceses possuem do país é apenas festivo, com praia, mulheres, biquíni e Carnaval.
Outro detalhe que chamou a atenção da turista foi o fato das pessoas almoçarem cedo, diferentemente da França, onde a refeição é servida por volta das 15h. “Mas tudo bem, nada que não se possa acostumar.” A tradicional roda de chimarrão dos gaúchos lhe surpreendeu positivamente, pois é um momento que as pessoas reservam para conversar entre família, algo tão raro nas grandes cidades. Ficou contente também em ver a quantidade de hortas que as famílias têm em casa. “Olhando isso, parece que aqui tudo brota, muito fácil as plantas crescerem”, conta.
Quanto à sensação de voar, Marjolaine conta que é diferente de tudo que se conhece. “É algo mágico, pois estamos voando junto com os pássaros e nos sentimos como um deles, além de observar a geografia dos locais que se sobrevoa de uma perspectiva diferenciada”. Esta é a primeira vez que vem ao Brasil e já deixa claro que pretende voltar, pois fez vários amigos, principalmente com as pessoas da escola de voo livre.