Arroio do Meio – Cerca de 1.320 eletroeletrônicos foram descartados pela comunidade na 9ª edição da campanha Jogue Limpo com Arroio Do Meio, realizada dia 7. A ação registrou ainda o recolhimento de 257 unidades de vidros de café e conservas, 177 litros de óleo usado, 58 quilos de pilhas e baterias e sete quilos de medicamentos vencidos.
Em 2015 a campanha será realizada bimestralmente, de acordo com o Coordenador do Departamento Municipal do Meio Ambiente, Paulo Henrique Rubim Barbosa. “A comunidade entendeu e está aderindo à nossa proposta, guardando seus resíduos para descartar de forma correta nos dias de campanha”.
Foram descartados 186 televisores; 138 telefones fixos e celulares; 77 CPUs; 73 DVDs, vídeo cassetes e receptores; 71 monitores; entre outros.
Além da ação ambiental realizada em parceria com empresas e entidades parceiras, a Rua de Eventos sediou a Feira do Produtor, realizada semanalmente no local, Feira especial de artesanato de Páscoa, cachorros para adoção com a Associação de Proteção aos Animais Arroio-meenses (Apaam), verificação de pressão arterial e dicas de saúde preventiva com a Liga Feminina de Combate ao Câncer e secretaria da Saúde.
Dentre centenas de participantes, exemplos especiais de consciência e cidadania. Estudante de Engenharia Mecânica, Maico Schmitz, 23, soube da campanha por meio da empresa em que trabalha, e imediatamente separou televisor, micro-ondas e CPU inativos há meses em casa. “A campanha é muito importante porque não podemos descartar este material em qualquer lugar ou no lixo convencional”, adverte.
Sandra Korner veio acompanhada do marido e do filho de 4 anos, dando exemplo ao pequeno do descarte correto de televisor, impressora, aparelho de som, filmadora, balanças, aparelhos de parabólica, pilhas e baterias. “Esses aparelhos não tinham mais utilidade, mas não queria jogá-los no lixo. Esta é a melhor forma de descartá-los”.
Ação ameniza impactos
Ainda são muitos os moradores que realizam o descarte irregular de materiais apesar das condições ambientalmente corretas disponibilizadas pela prefeitura. Em alguns pontos o descaso chega a ser corriqueiro. Como na rua dos Jasmins no Loteamento Antares XIX em Bela Vista, nas imediações de um bueiro no bairro São José, e nos fundos do loteamento Novo Horizonte em São Caetano, entre outros.
Nestes locais a prefeitura acaba recolhendo móveis velhos e sucatas para um aterro situado nas imediações da antiga churrascaria Rodeio do Meio. De lá, os resíduos são redirecionados para o descarte adequado – os móveis são triturados e destinados a olarias e as sucatas encaminhadas para recicladores de ferro e aço.
Este aterro (de aproximadamente um hectare), de propriedade particular está sendo utilizado pelo município há pelo menos seis governos. Conforme acordo verbal, o proprietário disponibilizou a área para receber restos de limpeza de valas, lixo verde (de rápida decomposição) e detritos de construção, com a finalidade de aterrar a baixada. Os materiais impróprios ficam de lado e são recolhidos a cada quinzena.
O Coordenador Municipal do Secretariado, Klaus Werner Schnack, explica que a medida se fez necessária pela falta de conscientização coletiva. “Há pessoas que misturam outros resíduos nos entulhos, e há o descarte clandestino de materiais à noite no aterro. O lixo é de responsabilidade dos cidadãos e dos que comercializam determinados produtos”, atribui.
O proprietário do aterro anteriormente citado revela que em breve não vai mais aceitar o depósito de cargas no local. Enquanto isso o município vai avançar na parceria com empresas especializadas.