“Casamento ainda é um bom negócio?” perguntei, ao encerrar a coluna “Quem trai mais?” do dia quatro passado. O leitor Marino Warken, assinante do AT, não se intimidou e enviou uma análise a respeito das pesquisas citadas em meu texto. Se a tendência é para o desgaste das relações, levando à traição, ele cita seu exemplo de vida. E deixa uma dica para manter vivo o interesse, o respeito e o amor, bases de um casamento fiel ao compromisso assumido.
“Prezado jornalista, como leitor assíduo do nosso AT e casado há 44 anos numa união estável bem sucedida, gostaria de dar a minha opinião a respeito do casamento. Inicialmente penso que a nossa felicidade se baseia, não só numa perspectiva, mas num leque variado de fatores. O instinto sexual, a relação amorosa entre os casais é de fundamental importância. Porém chega um tempo em que precisamos diversificar, introduzir outros valores para manter o casamento sólido.
Quando as ambições profissionais, as conquistas sexuais, as ilusões vão enfraquecendo, diminuindo, é preciso encontrar atividades de substituição para evitar o distanciamento da relação do casal e continuar a ser feliz.
A infidelidade não consta na minha vivência. Então me permita relatar pequenas experiências que, no meu caso, tornam meu casamento um bom negócio.
Por exemplo, tomar juntos um chimarrão ao redor do fogão, ou no pátio na companhia dos netos. Almoço em família, fazer palavras cruzadas, jogar carta, cuidar do jardim, viajar para lugares desconhecidos.
Nos momentos difíceis, ser um ombro amigo. Estar presente na alegria e na dor. Muito complicado? Difícil? Nem tanto. Vale a pena experimentar.”
Um abraço,
Marino Warken