A eleição municipal é a maior oportunidade do cidadão para influenciar diretamente nas melhorias do nosso município. Considero mais importante que os pleitos para deputados – estadual e federal -, senador, Governador e Presidente da República porque estes entes políticos são muito distantes da “vida real”.
Prefeito e vereador são pessoas que convivem conosco, estão em nosso dia a dia. Conhecemos a biografia, potencial, hábitos e experiências fundamentais para administrar o município. A nossa fiscalização pode – e deve – ser muito mais próxima. Não é preciso marcar audiência ou recorrer ao site do vereador ou prefeito para conhecer suas posições. Eles podem ser abordados na rua, no supermercado, na fila do banco, no campo de futebol no final de semana.
A relevância destes representantes é tanta que são as figuras mais cobiçadas pelos candidatos às eleições estaduais e federais. Candidatos a deputado e Governador disputam ferozmente o apoio destas pessoas que têm a responsabilidade de decidir o nosso futuro.
A vida acontece nas cidades e municípios. É lá que moramos, estudamos, trabalhamos e formamos família e negócios. Apesar da magnitude, a eleição municipal não merece a devida seriedade por parte de nós, eleitores. As amizades, o compadrio, o histórico de convivência em atividades de lazer e outras formas de proximidade pessoal por vezes comprometem uma escolha que deve ser técnica.
Escolha com critério, deixando as amizades em segundo plano
Administrar o orçamento de Arroio do Meio exige um mínimo de seriedade, experiência e conhecimento das funções desempenhadas por vereadores e prefeito. As dotações destinadas à saúde e educação têm um percentual assegurado por lei, são “carimbadas”. Por isso, é preciso pensar antes de fazer promessas mirabolantes que jamais sairão do papel devido à escassez de recursos.
Não é fácil exigir do cidadão apuro na escolha de seus candidatos. Os escândalos que povoam o noticiário afastam o eleitor da nobre função de escolher seu representante. Apesar do desgaste, é preciso estudar a relação de candidatos, sob pena de se eleger oportunistas, como ocorreu em Brasília.
A eleição de outubro será um marco pós-impeachment e cassação do ex-deputado Eduardo Cunha. É a oportunidade de mostrar que o eleitor está farto de impostores em busca de enriquecimento pessoal. Para isso é preciso escolher com critério, prudência e madureza.
O futuro de Arroio do Meio está em nossas mãos.