Arroio do Meio – O município possui, pelo menos, 229 casas, num total de 916 pessoas residindo em área de alto e muito alto risco a movimentos de massas (deslizamentos) e enchentes. Os números constam no recente estudo feito pelo Serviço Geológico do Brasil – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), empresa do governo federal ligada ao Ministério de Minas e Energia. O mapeamento resulta de uma ação coordenada pela Casa Civil da Presidência da República em consonância com mais cinco Ministérios e com parceria da Defesa Civil do município, coordenada por Antenor Francisco dos Santos.
O objetivo do levantamento é o monitoramento, a previsão, a prevenção e resposta aos desastres, além de difundir os alertas nos estados e municípios. O estudo foi dividido em três etapas, incluindo visitas de campo em áreas com história de desastres naturais ou em que já foram identificadas situações de risco e a definição e descrição de áreas de risco alto e muito alto, com base nos dados de campo e imagens aéreas e de satélites. As visitas foram realizadas em abril.
Foram delimitados 10 setores de risco: três no Centro – ruas Gustavo Wienandts, Waldemar Moesch e Júlio de Castilhos; três no bairro Navegantes – ruas Campos Sales, Tiradentes e a que dá acesso ao rio Taquari; dois no bairro Bela Vista – ruas das Indústrias e Rui Barbosa e um no bairro São José, na rua Emílio Francisco Kaufmann. Dos 10 pontos de risco, oito sofrem inundação em função do represamento dos arroios Grande e do Meio e dois são inundados pelo rio Taquari.
Além de apontar os riscos das áreas alagadiças na parte urbana do município, o estudo também apresenta sugestões do que pode ser feito no sentido de evitar mortes e perdas materiais. Algumas das quais, segundo o coordenador da Defesa Civil, já são adotadas em dias de cheias, a exemplo da evacuação preventiva na iminência de cheias. Dentre as medidas sugeridas estão o monitoramento das residências próximas a encostas com risco de deslizamento e a interdição, caso necessário, ações de conscientização de educação ambiental, dentre outras.
Antenor explica que, a partir deste levantamento e de outras adequações, a Defesa Civil do município pode se credenciar a receber recursos específicos para o setor, em âmbito federal e estadual. À frente do setor há quatro anos, diz que a Defesa Civil do município e da região está bem estruturada no que tange ao monitoramento de enchentes, o que possibilita a remoção de famílias, com segurança. “Nestes quatro anos aprendi muito, fiz vários cursos e capacitações para exercer bem a função que me foi dada pelo prefeito Sidnei Eckert, que é cuidar da população. Agradeço por ele ter proporcionado este estudo que vai beneficiar o município também pela oportunidade de desenvolver este trabalho tão importante na nossa comunidade.”