Arroio do Meio – O domingo será de homenagens para Nossa Senhora dos Navegantes. Centenas de devotos prestigiam o evento que é marcado pela procissão pelas ruas do bairro Navegantes e no rio Taquari. A programação que ocorre no salão da comunidade com muitas atrações tem como tema Navegando com Maria em busca da paz.
A procissão com o andor de Nossa Senhora dos Navegantes inicia às 8h30min em frente ao salão. O percurso segue até a rua do Moinho, passa pela Dr. João Carlos Machado e encerra no rio Taquari com a procissão nas águas. Após será realizada a missa que ocorre dentro do salão. O trajeto a ser percorrido pelos caminhantes será marcado por faixas nas residências tendo como tema central a paz.
O momento de fé e orações reúne centenas de pessoas de diversas comunidades do município que aproveitam para agradecer pelos pedidos atendidos. Conforme a presidente da comunidade, Lourdes Zanatta Both, ano a ano aumenta o número de pessoas que participa da procissão. Os preparativos para a festa em homenagem à padroeira iniciaram em setembro, logo após a eleição da nova diretoria. Ao total são cerca de 50 pessoas envolvidas na organização.
Tríduo
Os preparativos iniciaram na quarta-feira com o tradicional tríduo. As celebrações realizadas na capela do bairro seguem na noite desta sexta-feira, às 20h, com o tema Com Maria, bendizer a vida. Haverá ainda a bênção dos objetos e da garganta. Amanhã, dia 04, a capela fica aberta das 8h às 19h para vigília e oração. Às 19h será realizado o terço.
Uma festa que não perdeu sua essência
Arroio do Meio – As homenagens para Nossa Senhora dos Navegantes reúnem anualmente centenas de devotos que participam da festa como forma de agradecimento pelos pedidos atendidos. A tradição centenária consagra o evento como uma das maiores festas religiosas do município.
Em sua 105ª edição, há quem guarde boas recordações desse momento de agradecimento. O jornalista aposentado Sérgio Bagestan, 66 anos, participa das festividades em homenagem à padroeira praticamente todos os anos. O arroio-meense, filho de Hermínio e Dorzila Bagestan, morou até os 13 anos na Pérola do Vale, e aprendeu desde pequeno o valor deste evento religioso.
Criado no bairro Navegantes, Sérgio participava da festa como coroinha. Ao lado do padre, uma de suas funções era bater a sineta de mão durante a procissão. Segundo ele, a alegria de sua mãe era o ver padre. “Participava das missas todos os domingos e muitas delas eram rezadas pelo Monsenhor Jacob Seger”.
Bagestan, que há 30 anos reside em Estrela, participou de todas as procissões de Nossa Senhora dos Navegantes nos últimos 10 anos, e no domingo não será diferente. Além de caminhar, ajuda a carregar o andor da padroeira. “Sempre me emociono quando participo deste momento, pois passa um filme na cabeça da gente. E não é promessa, mas sim um agradecimento à vida e à saúde”. Outro detalhe que faz com que ele volte todo o ano é o fato de reencontrar os amigos.
Ao comparar o evento de antigamente com os dias atuais, ele frisa que são épocas diferentes. “Anos atrás a participação popular era mais acentuada e com um número maior de pessoas com os pés descalços. Hoje em dia são as pessoas da comunidade as mais envolvidas na festa. Antigamente havia uma barca, que fazia com que mais pessoas participassem da procissão fluvial acompanhadas do andor da padroeira. Apesar disso, o glamour e beleza da festa não se perderam. A missa e a procissão não perderam sua essência e isto precisa ser mantido”.