Depois do calorão do sábado e domingo, dias mais amenos se fizeram sentir no Rio Grande amado no início da semana. Segunda, terça e quarta-feira foram de temperaturas civilizadas, especialmente para quem é obrigado a vestir calça comprida ou terno, meu caso.
O vai e vem ao Litoral tem sido intenso graças ao mormaço que caracteriza o verão deste ano. O estresse da estrada, as vultosas despesas, as praias entupidas de gente – no supermercado, posto de gasolina e ruas – não desanima os gaúchos. O hábito de acorrer à orla está enraizado na nossa população de maneira irreversível.
A quem não dispõe de dinheiro, tempo ou paciência para fugir para a praia restam diversas opções: piscinas – de residências ou clubes -, rios, arroios, açudes e até banho de mangueira. Ou de balde. O importante é encarar o calorão que nos faz prisioneiros do ar condicionado.
O desafio, seja onde for, é reduzir os efeitos do calor
O ar gelado é fundamental para a sobrevivência em veículos, ambientes de trabalho, restaurantes e, é claro, à noite, na sala de tevê e no quarto de dormir. É quase impossível suportar a canícula que assola os gaúchos. Sem falar da amplitude térmica, a diferença entre a maior e menor temperatura ao longo do dia.
Terça-feira, em Cambará do Sul, registrou-se incríveis 9°C em pleno fevereiro. Quando alguns sátiros referem que no Rio Grande do Sul somos sobreviventes, e não moradores ou habitantes, a tendência é de revolta. Mas basta constatar que as temperaturas negativas são comuns no inverno para admitir que nossos detratores têm razão.
Previsões do tempo para o fim de semana indicam algo em torno de 31°C como temperatura máxima, com possibilidade de chuva rápida. Certamente a sensação de abafamento, provocada pela umidade do ar, levará milhões à orla, em busca do ventinho – ou nordestão? -, águas esverdeadas e mornas e relaxamento à beira mar.
Independente da distância até o Oceano Atlântico, o apelo nesta época do ano é quase irresistível, impossível apenas por percalços financeiros ou compromissos previamente agendados. O desafio, seja onde for, é reduzir os efeitos do calor. E para isso não importam as armas!