No feriadão da semana passada pela primeira vez fui ao Rio de Janeiro na condição de turista. Antes, as idas foram somente a trabalho, sempre na correria aeroporto-hotel-salas de convenções, compromissos com horário marcado. Na verdade, turismo na acepção da palavra nem cheguei a fazer com minha esposa.
Ficamos na praia de quarta-feira à tarde até o sábado à tardinha porque o domingo amanheceu nublado, com mais de 10 mil pessoas na Maratona do Rio de Janeiro. À tarde, a chuva caiu forte até o nosso embarque de retorno às 8h de segunda-feira.
A passagem pela Cidade Maravilhosa deixou impressões bastante contrastadas. Como ficamos em Copacabana, o policiamento era bastante reforçado, fato que segundo os motoristas do Uber não se repete nos demais bairros. Viaturas são estrategicamente estacionadas em cruzamentos e locais de grande visibilidade.
Uma dolorosa semelhança social com Porto Alegre é o crescente contingente de moradores de rua em todas as ruas. Ouvi que é um fenômeno que se acentuou nos últimos anos.
Praia e botecos integraram a agenda com excelente atrações. O casal formado pelo arroio-meense Vicente Petry e porto-alegrense Carolina Wist foi excepcional como anfitriões. Moradores da cidade há cinco anos, eles são experts em todo o tipo de roteiro: gastronomia, passeio, praia, museus, bares, restaurantes, locais para compras, e diversões populares, como feiras e rodas de samba na rua do Ouvidor, no centro da cidade.
Viajar é bom, ainda mais bem acompanhado e assessorado para otimizar dinheiro e tempo
Tudo está no GPS do casal, incansável em cuidar de todos os detalhes. Eles fizeram a nossa estada ser perfeita, alternando passatempos, descanso e variação que pareciam inimagináveis.
Na noite da nossa chegada fomos a um restaurante – o Siqueira Grill – especializado em bifê que oferece uma gama enorme que vai de comida japonesa a grelhados, passando por um festival de saladas e sobremesas. Os garçons, em sua maioria pernambucanos e cearenses, são bons de papo, solícitos em prestar informações e servem chope e cerveja no ponto.
No bate-papo com o caixa descobri que os proprietários são irmãos, de sobrenome Ongaratto, mas não souberam informar se eram de Encantado ou Nova Bréscia. Apenas que são colorados ferrenhos. “Mundo pequeno”, pensei diante de tamanha coincidência.
Meus filhos e minha mulher foram várias vezes ao Rio de Janeiro. Levaram bastante tempo para me convencer a visitar a antiga capital do Brasil, com sobradas razões. Na próxima ida pretendo – aí sim! – vestirei a fantasia de turista. Pão de Açúcar, Maracanã, Ipanema, Arcos da Lapa, Corcovado, Museu do Amanhã… as atrações se multiplicam.
Viajar é bom, ainda mais bem acompanhado e assessorado para prestar dicas preciosas para otimizar tempo e dinheiro. Fiquei cinco anos sem férias, mas pretendo recuperar o tempo perdido.