Recentemente a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) divulgou o listão dos aprovados do vestibular da instituição, realizado no início de janeiro. Entre os mais de 4 mil aprovados estão os arroio-meenses Maria Eduarda Gabriel Gonzatti, Júlio Gabriel Lange e Marilia Bruxel.
Alunos do Colégio Bom Jesus São Miguel, os recém-aprovados comemoram a conquista com muita alegria e aguardam ansiosamente pelo início das aulas, em março. Aprovada em Engenharia Civil, Maria Eduarda Gabriel Gonzatti, filha de Maria Cristina Gabriel Gonzatti e Jairo Gonzatti, destaca que a escolha pelo curso não foi tarefa fácil. “Sempre gostei das exatas (matemática, física, química e biologia), mas como não dá para ser tudo, embora tivesse muita vontade, escolhi o curso que mais parecia englobar o que gosto”.
Maria Eduarda almejava esse momento desde o primeiro dia de aula no Ensino Médio. “Muito disso se dava em função de estar acompanhando a caminhada de meu primo que estava prestando vestibular na época. Quanto mais perto do vestibular, mais o compromisso e comprometimento aumentavam”. Apesar da estrutura e apoio oferecidos pela escola, e sentindo que ainda não era o suficiente, na metade do ano passado ela começou um cursinho pré-vestibular. “Não sei ao certo quantas horas estudei, principalmente nesse último ano, quando a carga horária normal de aula era intensa, além das aulas à noite no cursinho pré-vestibular”. Aos finais de semana colocava os trabalhos em dia e, quando todos já estavam de férias, deu continuidade aos estudos.
Marília Bruxel, filha de Denise Weizenmann Bruxel e Gilberto Bruxel, garantiu sua aprovação no curso de Políticas Públicas. “Escolhi esse curso porque é muito social, proporciona um contato saudável com outras pessoas, ao mesmo tempo em que posso auxiliar diversos grupos da sociedade na saúde, na educação e na relação com o meio ambiente”.
O objetivo de Marília em estudar em uma universidade federal começou no Ensino Médio. “Minha carga de estudo se baseava em realizar o máximo de exercícios que pudesse em casa, em uma intensidade que não fosse tão exaustiva. Não dá para precisar uma quantidade de horas, porque variava bastante conforme os conteúdos”, afirma.
Aprovado em Engenharia de Minas, Júlio Lange Gabriel, filho de Benito Gabriel e Liselote Lange Gabriel, optou pelo curso por achar que envolve uma área de geografia que gosta muito, a geografia física, que é basicamente o estudo da natureza. “Sempre estudei bastante, mas comecei a dar um foco maior para o vestibular a partir de 2018, quando entrei no 3º Ano do Ensino Médio”.
Segredo para aprovação está na confiança e realização de provas anteriores
A preparação, segundo ele, foi bem agoniante. “Aquela dúvida de como seria a prova e a angústia de talvez não passar é bem amedrontadora”. Júlio não sabe precisar ao certo quantas horas foram destinadas exclusivamente aos estudos, mas salienta que a carga foi intensificada a partir da metade de 2018.
Entre as dificuldades do processo seletivo apontada pelos estudantes, Maria Eduarda destaca a quantidade e especificidade dos conteúdos contados pelas provas. “Português e redação foram sem dúvidas as áreas que mais exigiram de mim. Tive que penar muito para aprender a escrever e nunca fui boa em aplicar o português correto. Fui obrigada a aprender pois a área tinha peso 3 para o meu curso”.
Para Marília, a maior dificuldade foi não desanimar. “É uma universidade de certo grau de dificuldade, e como não fiz cursinho preparatório, ficava um pouco intimidada com os que tinham feito. O que mais exigiu de mim foram, claro, as matérias que eu não gosto e que não tem a ver com meu curso, mas tem que saber, como física e matemática”.
Júlio acredita que o grau de dificuldade depende muito de pessoa para pessoa. “No meu caso as áreas que mais exigiram de mim foram gramática e produção de texto, que nunca me dei muito bem”.
Em relação ao segredo para se dar bem na prova, Maria Eduarda e Júlio destacam que uma dica é fazer os vestibulares de anos anteriores. “Isso ajuda muito para o ‘tipo de questão’ que é cobrado no vestibular”, afirma Júlio. “As provas da Ufrgs têm uma lógica, uma linearidade nos conteúdos cobrados. A melhor forma de se dar bem é resolver provas de edições anteriores e tirar dúvidas sobre as que você errou. Fiz isso e funcionou”, ressalta Maria Eduarda. Fazer a prova com calma e ler com atenção também ajuda, pois ao contrário do Enem, o tempo disponibilizado pela Ufrgs é mais do que o suficiente para revisar toda prova antes de entregá-la.
Já para Marília, o segredo é ter confiança. “A prova é feita em quatro dias e muitas vezes no primeiro dia não temos o resultado que esperamos. Não dá para desanimar e prejudicar o resto dos dias de provas por isso”.