Mais de seiscentas carpas mortas, das variedades, prateada, cabeça grande, húngara e capim, além de traíras e lambaris e, um prejuízo estimado em R$ 10 mil, foram contabilizados pelo piscicultor Normélio Berté, de Linha Zanotelli, interior de Capitão. As carpas estavam no açude há dois anos e pesavam de três a quatro quilos. Também havia peixes maiores, pesando até dez quilos.
As carcaças em putrefação ficaram à beira do açude provocando um cheiro desagradável atraindo centenas de urubus. Normélio conta que, na manhã de quinta-feira, dia 18, a esposa o avisou da movimentação e agitação dos peixes. Horas depois, percebeu que os mesmos estavam morrendo, o que ocorreu num curto período de tempo. “Nem mesmo as traíras, que são mais resistentes, sobreviveram. Foi algo impressionante”, lamentou Normélio.
O engenheiro agrícola da Emater de Capitão, Luciano Cavaletti, explica que a causa mais provável é a falta de oxigenação na água. De acordo com ele, dias abafados e nublados propiciam falta de oxigênio. Ressaltou que a mortandade poderia ter sido evitada com o auxilio de um aerador, aparelho que movimenta a água produzindo oxigênio.
Cavaletti observa que em açudes com profundidade superior a 1,2 metro há pouca produção de oxigênio pelas algas, o que pode ser prejudicial aos peixes. “É interessante que o açude tenha entre 90 centímetros e 1,20 metro de lâmina de água. Passou disso, cria-se um fator desfavorável”, revela.