A Emater/RS-Ascar e a prefeitura de Marques de Souza programam para este sábado, a inauguração oficial da Feira de Produtores do município. A atividade ocorre na Praça Recanto Livre, a partir das 8h. No local, 12 famílias de produtores comercializarão hortaliças e legumes, como alface, rúcula, cenoura, beterraba e cebola, além de frutas da época, como laranja, bergamota, abacate e nozes. Durante a abertura também haverá comercialização de produtos de agroindústrias e artesanato e feira do peixe vivo, além de venda de chopp artesanal e música ao vivo.
O engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Diego de Oliveira, salienta que a ação que consolidou a feira está ligada ao Programa de Irrigação de Hortas Doméstico-comerciais em Pequenas Propriedades da Agricultura Familiar do Governo do Estado, que destinou kits de irrigação por gotejamento para áreas de 1000m² voltadas a produção de hortigranjeiros para autoconsumo e para comercialização do excedente. “Digamos que a produção de alimentos saudáveis seja, de alguma forma, a contrapartida dos agricultores”, resume o extensionista.
Para o agricultor Almir Kehl, da comunidade de Linha Atalho, o sistema de irrigação foi o que estimulou a família para a constituição de uma horta. “A gente sabe que a questão da água pode ser um problema e este certamente foi um primeiro passo”, afirmou, salientando ainda que a instalação de caixas da água, de bombas, de filtros e de encanamentos foi realizada de forma gratuita, com o apoio da prefeitura. Produtor de leite e de aves, Kehl reforça a importância do cultivo de hortaliças como uma alternativa para os agricultores. “É uma forma de diversificar, de não ficar refém apenas de uma renda”, pontua.
A ação para consolidação da feira, que ocorrerá todos os sábados, foi acompanhada ainda pelo assistente técnico regional em Sistema de Produção Vegetal da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi, que ministrou palestra sobre o tema, reforçando a importância da organização dos agricultores como uma oportunidade. “As feiras livres, no fim das contas, são espaços democráticos de celebração da vida e da cultura local e de contato direto entre produtor e consumidor final o que, por si só, já justifica a sua existência”, enfatizou.