Alunos de toda a rede de Ensino de Arroio do Meio foram instigados a propor ideias inovadoras para a solução de problemas do cotidiano da comunidade. Este é o propósito principal, que dá nome ao projeto Chuva de Ideias, que surgiu por meio da prefeitura municipal, com o apoio do Grêmio Estudantil da Escola Guararapes.
A iniciativa nasceu em uma manhã chuvosa, onde os grêmios estudantis de todo o município se juntaram e levaram a proposta a suas respectivas escolas, com uma única palavra a ser lançada: ideias. Após coletar as ideias sugeridas pelos alunos da rede, todas elas foram separadas em categorias e, após, analisadas por uma comissão especial, formada pela secretaria de Educação, Mara Forneck, o professor da Rede Municipal, Cristian Prade, professora da Rede Estadual, Cristine Inês Brauwers, representante da direção da Escola Guararapes e professora, Flaudiane Dela Justina e o atual presidente do grêmio estudantil da escola, Erick Müller.
Os projetos selecionados participaram do Sesi com Ciência, que ocorreu na última semana em Porto Alegre. Durante todo o dia 1º, os alunos tiveram a oportunidade de interagir com projetos inovadores, desenvolvidos pelos estudantes do Sesi nas áreas de tecnologia e ciências da natureza, de todo o estado.
Para o aluno Guilherme Sant’ana Borges dos Santos, da Escola Municipal Bela Vista, participar do evento foi uma grande oportunidade e um incentivo para continuar a pensar o futuro. Sua ideia apresentada foi a de criação de uma perna biônica e a concepção partiu de uma necessidade real. “Agora, muito melhor do que antes, entendo como é difícil morar em locais sem um grande nível de acessibilidade para deficientes. Todos os dias, para poder estudar, subo dois lances de escada no meu colégio e, justamente pensando nesse tipo de dificuldade, decidi expor essa ideia que eu tive, desde que fiz a cirurgia de amputação”, relata.
O aluno a considera possível de ser concretizada, levando em consideração, inclusive, os avanços tecnológicos. “Minha ideia busca muito mais do que simplesmente transformar pessoas com deficiência em super-heróis, busca dar uma vida normal para quem já nasceu sem ou precisou fazer uma cirurgia como eu e acabou ficando impossibilitado de algumas ações”, enfatiza o jovem.
Para a professora Cristine Inês Brauwers, que acompanhou a visita dos alunos ao evento, o conhecimento de novas tecnologias ainda encontra resistências na escola. “As tecnologias permitem a construção de leituras inovadoras do mundo e ampliam as possibilidades de articulação, construção e circulação da informação. É preciso inovar na escola sempre, para podermos fazer o aluno pertencer àquele espaço e por meio dele construir o conhecimento e ser capaz de tomar decisões”, ressalta.
A professora lembra que a inovação tem o objetivo de tornar a vida mais fácil e melhor e que as profissões do futuro exigirão muito conhecimento e uma capacidade imensa para refletir e propor soluções, portanto, o aluno precisa começar a ser preparado para essa nova realidade.