Em Arroio do Meio e região ateliers de calçados que trabalham para a Beira Rio estão adotando a redução da jornada de trabalho ou suspensão temporária de contratos, até que a situação se normalize e voltem os pedidos. Em março deste ano uma das 11 unidades da Calçados Beira Rio com sede em Mato Leitão pegou fogo. Trabalhavam cerca de 800 funcionários, dos quais 700 foram desligados e os demais remanejados para unidades de Santa Clara do Sul e Roca Sales.
A Beira Rio S.A que nasceu na cidade de Igrejinha é atualmente uma das maiores fabricantes brasileiras de calçados, com fábricas em Osório, Candelária, Teutônia, Roca Sales, Novo Hamburgo, Santa Clara do Sul, Sapiranga, além de várias terceirizadas, como é o caso dos ateliers de calçados que trabalham em Arroio do Meio. A Draumer Calçados é uma delas e, segundo Adélio Rockenbach, a situação está bastante complicada para o calçado, principalmente em função da diminuição de pedidos, o que faz com que a empresa tenha que aderir à redução de jornada.
Ilto de Souza do Atelier de Calçados Renan, que funciona no bairro Bela Vista, está atualmente com 28 funcionários. Depois de um enxugamento ocorrido em março em decorrência dos ajustes que foram feitos pela empresa Beira Rio, para a qual trabalham, informou que neste mês de maio trabalham com horário normal. Porém em decorrência da redução do número de pedidos, por causa do comércio fechado em dezenas de cidades do Brasil, em junho e julho vão reduzir em 50 % a carga horária de trabalho para os funcionários que trabalham na unidade, adaptando-se assim aos decretos de isolamento que foram determinados pelas autoridades governamentais.