O milho é um dos três alimentos mais consumidos do mundo, pois se desenvolve em praticamente todos os continentes e hemisférios. Também é ingrediente de diversos pratos típicos da festa junina, como pipoca, canjica e bolo de fubá, além de outras comidas bastante consumidas na região sul como polenta, pão de milho e broas ou até cozido na espiga. O grão ainda está presente em muitos salgadinhos e chips, com preços que superam o valor da carne bovina de primeira, se comparado em quantidade.
O técnico agrônomo Elias de Marco, da Emater/RS-Ascar, revela que o milho utilizado para pipoca, é o mais semelhante ao teosinto ‘dente de burro’, que deu origem ao melhoramento genético da espécie promovido inicialmente pela civilização Inca. Ele complementa que, pela adaptação climática que promove a antecipação da espiga em ciclos menores, antes do inverno, o milho, pode ser plantado em diversos locais do mundo, diferentemente de outros grãos, que dependem de ciclos mais longos de calor.
De Marco explica que a variedade para pipoca, demanda de implementos e processo de industrialização específicos, por isso é fomentado em regiões com o microarranjo produtivo voltado para este cultivo. “Não serve para outra coisa”. O local mais próximo da região onde ocorre este tipo de produção é na região de Nova Prata, onde produtores de grãos plantam o milho para pipoca para rotação de culturas.
No varejo há diversas opções de pipoca, desde marcas mais populares, saborizadas ou prontas para serem feitas no micro-ondas ou pipoqueiras, à variedades gourmet. No inverno combina com chimarrão e TV. Com cinema também, mas só depois da pandemia.