IMPOSSÍVEL SENTIR INDIFERENÇA – Depois de uma estiagem, uma pandemia, é impossível circular pelas áreas afetadas pela enchente, ver os estragos e não se colocar no lugar de quem teve prejuízos, ou do esforço descomunal de quem tentou salvar algo ou até vidas. Muitas das famílias perderam tudo e estão sem perspectiva de renda, pois a economia está desaquecida, o que coloca um grau de dificuldade a mais no recomeço. A natureza e a nossa saúde nos impõem situações muito mais adversas, do que o próprio “mercado e suas evoluções tecnologicas”, e “interesses” dos grandes playeres. O que vamos aprender com isso? Solidariedade, compaixão e empatia é o mínimo. Não precisamos tirar vantagem disso.
OPORTUNIDADES – Meteorologistas explicam que o Sul do Brasil é considerado um berço de ciclones na América do Sul – no termo técnico, uma região ciclogenética, onde os ciclones se formam, e que inclui também Uruguai e Argentina. Se em decorrência da mudança climática no mundo, os ciclones cada vez serão mais comuns na Região Sul do Brasil, haverá demanda por empresas e profissionais eficientes na reconstrução, planejamento de novas estruturas, meteorologia, emergência e socorro. Viagens à terra dos tornados – Flórida e Louisiana – serão interessantes para ‘inspiração’.
PREOCUPAÇÃO – No meio do caos, a máscara acabou sendo um acessório esquecido. O contágio da covid-19 nos alojamentos e durante o carregamento de bens e vítimas é uma preocupação das autoridades. Na próxima segunda-feira, dia 13, a Amvat vai retomar o debate em torno do protocolo de recomendação para tratamento precoce aos pacientes de coronavírus – mesmo usado em Lajeado há três meses e diversos locais do país. Entre os 11 medicamentos previstos no kit está a hidroxicloroquina. O presidente da entidade, o prefeito de Imigrante, Celso Kapplan, deixou claro que a adesão ficará a cargo dos médicos e pacientes.
QUANTO VALEM NOSSAS OPINIÕES SEM REPRESENTAÇÃO? – No Vale do Taquari, gostamos de debater e opinar sobre muitas coisas. Temos instituições de ensino superior, técnicas, muitos meios de comunicação, economia diversificada e a cultura do trabalho no DNA. Infelizmente, não adianta ter uma polivalência opinativa sem representatividade na AL/RS, Congresso Nacional, entre outras federações e redutos. É quase uma energia gasta em vão, pois indiretamente, de uma maneira ou outra, pagamos o pato em muitas situações. Ou será que estamos nos especializando e nos orgulhando em criar os patos mais bonitos e saborosos, os acompanhamentos e harmonizações? Ou seriam cisnes?
DIFICULDADES NO RECONHECIMENTO – Primeiro os capacetes, depois as películas automotivas, agora são as máscaras que dificultam identificarmos pessoas.
FALTOU BOM SENSO – Os reparos feitos pela EGR na ERS-130, em plena quinta-feira de enchente, provocaram um congestionamento completamente desnecessário entre Arroio do Meio e Lajeado. Na visão de muitas pessoas, também faltou bom senso de muitos estabelecimentos que não vendem artigos de primeira necessidade, por insistirem ficar abertos em áreas centrais, onde as imediações foram afetadas pelas cheias. Poderiam ter liberado os funcionários, pois são negócios que podem ser postergados, com a compreensão dos consumidores. Curiosos também foram criticados. As cidades “lotaram”, sem necessidade e retorno. Mas assim, pelo menos, todos puderam constatar o caos e as dificuldades que estão por vir e ajudar. É o que muitas vítimas esperam.