Desde as primeiras restrições da covid-19, adotadas em março de 2020, a casa de eventos Luiza Fest, situada na Barra do Forqueta, realizou apenas dez eventos. A maioria deles ocorreu durante bandeiras mais brandas, quando a flexibilização de regras de distanciamento e aglomerações foi tolerada.
A proprietária, Luiza Carpes e a administradora, Nairiany Carpes inauguraram a casa de festas de aniversário, formaturas e chá de fraldas, duas semanas antes da pandemia vir com tudo. “Havia muitas reservas. Devolvemos todo o dinheiro antecipado pelos clientes”.
O investimento na estruturação, brinquedos, tecnologia e decoração superou os R$ 100 mil. “Sorte que era um capital parado e não financiado. Com exceção da energia elétrica, toda mão de obra para a instalação foi familiar. O fato de não termos colaboradores com vínculo empregatício, mas contratados por evento, também evitou prejuízos maiores. Mesmo assim, o custo das refeições (rissoles, tortas, salgadinhos e doces) e bebidas aumentou, e a margem de lucro teve que ser reduzida porque o orçamento das famílias encolheu. A lotação, que era de 90 pessoas caiu para 40, incluindo cinco garçons”.
Luiza e Nairiany salientam que a sensibilidade do dono do prédio em reduzir o preço do aluguel, para apenas um repasse simbólico por evento, ajudou a evitar complicações financeiras mais severas. “Ainda bem que ninguém da família e equipe pegou covid”.
Entretanto, com a retomada parcial dos eventos em fevereiro, Nairiany se animou, e se desligou da empresa onde atuava, para se dedicar exclusivamente à casa de festas. Agora a família está na expectativa da imunização coletiva e melhora nos indicadores, para a volta gradativa da flexibilização dos eventos e pequenas aglomerações. “Quando as aulas retornarem a tendência é melhorar. Temos um ambiente acolhedor. O foco é a classe média. Atendemos famílias de todo o Vale do Taquari”.