No momento que o município completa 33 anos, muitas são as avaliações que podem ser feitas a partir de governantes que atuaram à frente do Executivo Municipal. Seus atos, suas atitudes e seus projetos, visando alavancar o município, permitindo dias melhores para sua população, passam por análise da geração atual, desde os tempos em que a localidade ainda era um pequeno povoado, depois distrito de Arroio do Meio, até a contemporaneidade. Não há dúvidas de que a emancipação foi gloriosa e de grande valia com vantagens para toda a população em seus diferentes setores culturais, políticos, incluindo a educação, saúde, obras, agricultura e comunicação, decisivas para traçar a economia do município, que desde 1º de janeiro de 1989, foi conduzida por seis prefeitos, sendo que o atual Moacir Severgini está no 7º mandato.
Neste período, passaram pela prefeitura Adilvo Buffé, que foi o primeiro prefeito, de 1989 até 1992. Depois cumpriu um mandato tampão, de abril de 2007 até dezembro de 2008. Seu sucessor foi Ângelo Bonacina. Presidente da comissão emancipacionista, que faleceu em agosto de 2020, vitima de covid-19. Bonacina cumpriu dois mandatos de 1993 até 1996 e de 2001 até 2004. Nelso Dall’Agnol foi prefeito de 1997 até 2000 e de 2005 até setembro de 2006, quando faleceu em um acidente de trânsito. Jovani Nardino, que morreu vítima de câncer em 30 de julho de 2014, comandou o município entre 2009 e 2012, quando foi sucedido por Luiz Buttini que governou até 2016. No período de 2017 até 2020, as ações da prefeitura ficaram sob o comando de Aloísio Brock e, em janeiro deste ano, a administração foi assumida por Moacir Severgnini, eleito em novembro para comandar o município até o final de 2024.
• Como primeiro prefeito, Adilvo Buffé cita as dificuldades que teve para iniciar a estruturação da máquina administrativa. “Não se tinha nada. Faltava tudo a partir de móveis e material de escritório. Recebemos do município mãe, um caminhão, uma carregadeira e uma patrola, em precárias condições. Enfrentamos a situação, criando cinco secretarias. O jeito era cuidar com as despesas e buscar produtividade. A agricultura era prioridade. Investimos em programas e projetos, que através de parcerias, pudessem trazer retorno. Realizamos serviços gratuitos e incentivamos a construção de aviários, o condomínio de suínos, áreas de reflorestamento e em culturas como o trigo. Durante o primeiro governo foram comprados veículos, máquinas e caminhões, abrimos estradas, como a estrada para Duduia através de parceria com a Cintea (orgão extinto – Companhia Intermunicipal de Estradas Alimentadoras-RS) . Trouxemos para Pouso Novo a Emater, Banco do Brasil, Correio, Cartório, Brigada Militar e Polícia Civil, além de promover melhorias no setor de telefonia e investimentos em habitação e em redes de abastecimento de luz e água e num sistema de informatização na prefeitura. Na educação, além do transporte escolar, prédios escolares foram equipados com cozinhas para permitir a elaboração de uma merenda adequada para os alunos. Na saúde foi contratado médico e dentista e realizados convênios com hospitais. Adilvo destaca que em seu governo o gasto com pessoal nunca superou os 17% do orçamento. Fizemos um governo onde, com pouco se fez muito”, concluiu o ex-prefeito.
• O ex-prefeito Luiz Buttini citou as dificuldades que passou em seu período na prefeitura como consequência da crise que afetou o Brasil. “A falta de recursos era muito grande”, comentou Buttini. Lembrou que em seu governo efetuou a compra de tratores, máquinas agrícolas e implementos para o setor da agricultura, além de alguns veículos. “Também realizamos investimentos em obras de pavimentação na cidade e construções que vieram ao encontro da comunidade”. Ao fazer um comparativo com outras administrações, Buttini disse que cada prefeito que entra na prefeitura tem os seus projetos e as suas prioridades. “Quando saí, eu tive a sensação de ter feito pouco nos meus quatro anos, mas depois eu vi que fiz bastante”, concluiu Buttini.
• Prefeito no período de 2017 a 2020, Aloísio Brock avaliou o seu governo como bom e transparente e com muitas realizações na agricultura, saúde, educação e obras. Realizamos um governo organizado, que deixou o município em boa situação financeira. Como obras, citou a execução do asfalto em Picada Taquari e na Sede, compra de um rolo compactador, máquinas, veículos e implementos, concretização do Susaf e a definição do projeto para construção do Centro Administrativo. Aloisio, mencionou a parceria firmada com a Certel para construção de mais uma hidrelétrica no rio Forqueta e investimentos em terraplenagens. Como maiores dificuldades, falou da estiagem e a pandemia do coronavírus, que prejudicaram o andamento normal de seu governo. Disse que foi correto, mas talvez deveria ter sido mais comunicativo. Concluiu dizendo que torce pelo município que, na opinião dele, é viável e possui uma grande capacidade para crescer sempre mais.