As recentes tentativas de vendas ou locações de imóveis de entidades sociais e de classe para o poder público de Arroio do Meio não se consolidaram como seus representantes gostariam. Há um entendimento, na visão de alguns agentes políticos (situacionistas e oposicionistas), de que o poder público não pode “bancar” cotações de uma bolha imobiliária para ajudar essas sociedades a saldarem dívidas ou minimizar falências, sendo que muitos dos associados estão “por cima da carne seca”, e graças ao respaldo e à credibilidade dessas instituições, puderam alçar voos mais altos no empresariado.
Os políticos não querem carregar a culpa de sempre valorizar o mesmo ‘clube de bem-sucedidos’ e defendem que as diretorias da Acisam e Ceam, busquem humildade e criatividade na hora de sensibilizar a comunidade da nobreza de seus espaços para o “bem e uso comum”.
Para algumas das “cabeças pensantes”, uma saída seria direcionar o imóvel da Acisam para um “shopping” de entidades e instituições deliberativas (CDL e afins, Câmara de Vereadores e etc). Entretanto, “atritos” do passado – não dos atuais representantes – podem dificultar uma aproximação natural, já que entidades menos “queridinhas” e representados menos favorecidos conquistaram com muita luta, autonomia, solidez e liberdade, sem desmerecer o respeito e parcerias existentes.
A aquisição da sede social do CEAM pela prefeitura pode fluir mais facilmente, isso porque o poder público já investiu ali, e há mais proximidade com outros espaços públicos, podendo ser “interessante” para a comunidade em geral. Porém, em ambas as situações, tratativas mais emergentes só devem fluir com a queda da pandemia.
PREOCUPAÇÃO COM PONTES – Alguns emedebistas se disseram preocupados com o traçado de novas estradas caso evolua a construção de uma nova ponte entre Arroio do Meio e Colinas. Não vejo motivos para tanta preocupação, já que a faixa de domínio do Daer diminuiu, de 24m para 15m. Além do mais, o município tem a autonomia de municipalizar alguns trechos, para preservar a cultura e características locais sem “machucar” tanto os interesses das famílias. E no último caso pode ajudar a promover do limão uma caipirinha, pois são áreas que valorizam. Assim como redes de energia onde a Aneel tem soberania, pontes são utilidade pública e promovem desenvolvimento.
SUPERAÇÃO DO MEDO, INCENTIVOS E NOVAS ‘PAIXÕES’ – Embora Alceu Moreira (MDB) tenha preferência dentro do MDB, um dos outros pré-candidatos a governador do RS em 2022, Roberto Argenta (ex-emedebista e ainda simpatizante da sigla), entre diversas propostas, defendeu a importância de todos os municípios terem, pelo menos, uma indústria de grande porte, consequentemente incentivos de 15 anos sem ICMS para viabilizar esses novos negócios. Ousadia? Não! Temos muito nichos mal explorados, é só olhar na volta e querer trabalhar. Entretanto, de acordo com a Forbes, o grande desafio fase pós-pandemia é a superação do medo. Os “cisnes negros” estão ocorrendo em diversos segmentos. Mais grave do que o simples medo será superar a dor de rupturas e falências, não só do empresariado, mas das pessoas. Porém, vai chegar um instante (ou já chegou) que a vontade de se apaixonar por novos rumos vai ser maior do que sofrer a agonia de uma recessão. Felizes das mulheres e homens livres e estruturados para se encorajar nessa sintonia com sinfonias eloquentes e frequência eletrizante, enérgica e vibrante. Sentir e compreender, a beleza desses sonhos e a vontade de realiza-los é o que instiga a vida.
Se os emedebistas estão “organizados” a turma do Heinze (PP) também vem forte como nunca e está mais longe fora do primeiro escalão do RS. O problema vai ser sensibilizar as vilas.
A melhor forma de superar a recessão, pois o trabalho é só uma maneira da gente se manter envolvido com nossas paixões, não são só corações.