Estamos finalizando a safra 20/21 no Brasil, no norte do Maranhão e Pará, além do estado do Amapá, Roraima e região da Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), finalizando suas colheitas de soja e a colheita da safrinha de milho, sorgo, feijão, entre outras culturas, entrando em ritmo acelerado. Isto pelo atrativo dos excelentes preços praticados pelo mercado, uma vez que, tanto na soja, quanto no milho, ainda não se havia praticado tais preços, visto que a soja já vem praticando valores futuros acima de R$200 a saca e, o milho, mercado disponível, já passando a casa dos R$100 a saca.
Tudo isso é muito bom pra quem trabalha com essas moedas para a venda e realmente são anos de arrumar a casa e investir para qualificar e deixar mais eficientes todas as operações, desde o plantio, desenvolvimento, colheita e armazenagem.
Mas quero fazer uma breve retrospectiva, lá do início da pandemia, quando foram anunciados os fechamentos de diversas empresas. Na China, que é um dos principais locais de produção de princípios ativos do mundo, na época, fecharam mais de 300 empresas responsáveis por 40% da produção mundial. Elas produziam tais produtos, e os estoques que se tinha mundialmente, supriam a necessidade enquanto se buscava a solução para a retomada de produção dos princípios ativos para a produção de proteção de cultivos (agrotóxicos).
O que não era esperado, é que essa retomada fosse tão lenta e que a produção teria uma brusca frenada, o que impactou na produção mundial da indústria química de proteção de cultivos, fazendo com que, no mercado atual, faltassem produtos para a dessecação da soja, princípios ativos como o Paraquat já tinham sido proibidos, mas a fabricação do seus substitutos foram em menor escala, tanto do principio ativo, quanto a própria fabricação de embalagens, que vem sendo um grande limitante para a comercialização.
A indústria química nas últimas semanas anunciou o cancelamento de vários produtos para a próxima safra. Dentre estes, um grande conhecido que é o glifosato, normalmente muito usado e um dos puxadores de negócios para outros produtos que o produtor necessita durante o desenvolvimento da cultura, e que são necessários para a boa performance e produtividades das culturas.
A pergunta que me vem é: os preços atuais dos produtos (soja e milho) a falta de químicos para a proteção de cultivos, quais alternativas que eu tenho para driblar e me manter competitivo no mercado que eu atuo?
Até aqui falei da parte de defensivos e preços das commodites, mas outro ponto são os adubos necessários para o perfeito desenvolvimento da cultura. Além dos preços que estão mais que o dobro do praticado na safra passada, além do pagamento à vista, nem todas as formulações estão disponíveis e a maioria em falta, sem previsão de entrega. Logo, quando falamos em altas produções, além de adubos, químicos e sementes de qualidade, precisamos garantir que os mesmos estejam dentro do barracão, disponíveis para uso assim que se for soltar a implementação da safra 21/22.